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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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quadro, porém, para Bisol (1999) e Cristófaro-Silva (1999) /kw/ e /gw/ são um segmento<br />

complexo, ou seja, um segmento com duas articulações (Cf. Clements 1989): uma primária (a<br />

dorsal) e uma secundária (a labial) – g w ou k w . Com relação a outros ditongos crescentes,<br />

Câmara Jr. afirma que há variação livre entre eles e um hiato, como em [su.ar] e [swar]. Lopez<br />

também afirma que há variação livre entre os ditongos crescentes e um hiato. Segundo a autora,<br />

a formação do ditongo crescente não é impedida pela presença <strong>de</strong> uma consoante <strong>no</strong> ataque da<br />

sílaba.<br />

Um forte argumento para a posição do gli<strong>de</strong> <strong>de</strong> ditongo crescente em posição <strong>de</strong> ataque<br />

é apresentado por Mateus & D’Andra<strong>de</strong>: quando o gli<strong>de</strong> aparece antes <strong>de</strong> um ditongo nasal, ele<br />

não é nasalizado e por isso não faz parte da rima fonética.<br />

Quando a ressilabação ocorre entre itens lexicais diferentes, Bisol (1996) afirma que<br />

quando a primeira vogal é alta, ela se torna em gli<strong>de</strong> e é, então, associada ao ataque da sílaba<br />

seguinte, como <strong>no</strong> exemplo que segue:<br />

(38) ditongo crescente: leque azul → [lE.kja.zu]<br />

A R R R A R A R<br />

N N N N N<br />

C V V C V V C V V C C V<br />

Observa-se, <strong>no</strong> exemplo acima, que a vogal alta final em leque ([ ]) se torna<br />

consonantizado, <strong>de</strong> acordo com Bisol, e passa a ocupar a posição do ataque, juntamente com<br />

[k], uma vez que o gli<strong>de</strong> não po<strong>de</strong>ria ocupar a primeira posição <strong>de</strong> núcleo <strong>de</strong> acordo com a<br />

seqüência <strong>de</strong> so<strong>no</strong>rida<strong>de</strong>.<br />

Dado que <strong>no</strong> caso <strong>dos</strong> ditongos crescentes só há uma análise <strong>de</strong>fendida na literatura<br />

sobre o PB e não foi encontrado nenhum contra-exemplo, assume-se neste trabalho que em<br />

ditongos crescentes o gli<strong>de</strong> ocupa o ataque.<br />

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