17.04.2013 Views

Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Com relação à segunda análise (gli<strong>de</strong> preenchendo a coda), Lopez (1979) afirma que, na<br />

sílaba, há duas posições previstas para o ataque – <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a segunda seja ocupada por uma<br />

líquida – e uma posição prevista para a coda. Os ditongos <strong>de</strong>crescentes preenchem, para a<br />

autora, esta posição na coda, pois semivogais não se formam quando há, na mesma sílaba, uma<br />

consoante seguinte.<br />

Bisol (1999) aponta que o português não permite a seqüência VGL (vogal, gli<strong>de</strong>,<br />

líquida), fato que ela usa como argumento para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r que o gli<strong>de</strong> ocupa a mesma posição<br />

que a líquida na coda. A autora afirma que a regra <strong>de</strong> formação da coda é que dá conta do<br />

ditongo, já que a mesma posição das soantes /n, l, r/ po<strong>de</strong> ser ocupada por uma vogal alta.<br />

Então, a vogal alta se converte em gli<strong>de</strong>. Obtém-se, assim, a seguinte estrutura:<br />

(36) Estrutura da sílaba [paw]<br />

A R<br />

Além disso, Bisol fornece outro argumento para optar pela ramificação da rima, e não<br />

do núcleo, <strong>no</strong> ditongo <strong>de</strong>crescente: o fato <strong>de</strong> o português não possuir vogais longas que<br />

repetiriam uma posição do núcleo (como oo, ee, aa).<br />

Em se tratando <strong>de</strong> ressilabação em encontros <strong>vocálico</strong>s <strong>de</strong> itens lexicais diferentes, o<br />

foco <strong>de</strong>ste trabalho, Bisol (1996) afirma que <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> ditongação, quando a segunda<br />

vogal é alta, a semivogal ocupa a posição da consoante, da mesma forma que ocorre com os<br />

ditongos lexicais (<strong>de</strong>crescentes); conseqüentemente fica na coda da sílaba. Em camisa usada,<br />

quando há formação <strong>de</strong> ditongo na fronteira entre camisa e usada, a primeira vogal em ‘usada’<br />

([u]) vira gli<strong>de</strong> ao unir-se com a última sílaba <strong>de</strong> camisa e passa a ocupar a posição <strong>de</strong> coda na<br />

sílaba, como se observa a seguir:<br />

N Co<br />

p a w (ta)<br />

31

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!