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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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O nó raiz domina to<strong>dos</strong> os traços. Os nós laringal, cavida<strong>de</strong> oral e ponto <strong>de</strong> articulação<br />

(place <strong>no</strong><strong>de</strong>) são nós <strong>de</strong> classe intermediária; os nós terminais da árvore são os traços<br />

propriamente ditos (entre colchetes na árvore acima).<br />

Os <strong>processos</strong> fo<strong>no</strong>lógicos envolvem grupos <strong>de</strong> segmentos, que são chama<strong>dos</strong> <strong>de</strong> classes<br />

naturais (Cf. Goldsmith, 1990). Essa concepção <strong>de</strong> classes naturais resi<strong>de</strong> <strong>no</strong> fato <strong>de</strong> que elas<br />

são recorrentes nas generalizações <strong>de</strong> uma única língua e entre várias línguas. Os traços são<br />

usa<strong>dos</strong>, então, para <strong>de</strong>finir e prever quais são as possíveis classes naturais. Cada traço <strong>de</strong>fine<br />

dois conjuntos <strong>de</strong> segmentos, por exemplo: para o traço [vozeado] <strong>de</strong>termina-se o conjunto <strong>de</strong><br />

segmentos que são [+vozeado] e o conjunto <strong>de</strong> segmentos que são [- vozeado]; da mesma<br />

forma, para o traço [so<strong>no</strong>rante] <strong>de</strong>termina-se o conjunto <strong>de</strong> segmentos que são [+ so<strong>no</strong>rante] e o<br />

conjunto <strong>de</strong> segmentos que são [- so<strong>no</strong>rante]. Quando há um conjunto <strong>de</strong> segmentos com<br />

proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um traço, observa-se uma classe natural: por exemplo, o conjunto <strong>de</strong><br />

segmentos que possuem os traços [- so<strong>no</strong>rante, - voz] forma uma classe natural.<br />

De acordo com Clements (2004), os traços são estrutura<strong>dos</strong> em classes <strong>de</strong> traços que se<br />

combinam <strong>de</strong> várias formas para formar unida<strong>de</strong>s maiores. As premissas básicas <strong>de</strong>ssa teoria<br />

são:<br />

a. os traços po<strong>de</strong>m ser agrupa<strong>dos</strong> em classes <strong>de</strong> traços,<br />

b. as classes formam uma hierarquia,<br />

c. essa hierarquia é universal,<br />

d. cada traço e classe <strong>de</strong> traço são representa<strong>dos</strong> como um nó em uma camada<br />

autosegmental separada, e<br />

e. cada nó se liga a elementos <strong>de</strong> apenas uma camada do nível superior.<br />

A principal evidência para a organização <strong>dos</strong> traços (cf. Clements & Hume 1995) é a<br />

operação <strong>de</strong> regras fo<strong>no</strong>lógicas. Assim, se uma regra fo<strong>no</strong>lógica po<strong>de</strong> executar uma operação<br />

(espraiamento, <strong>de</strong>sligamento, etc.) em um dado conjunto <strong>de</strong> traços para a exclusão <strong>de</strong> outros,<br />

po<strong>de</strong>-se assumir que o conjunto forma um constituinte na hierarquia <strong>de</strong> traços.<br />

Dois traços x e y po<strong>de</strong>m ser agrupa<strong>dos</strong> em constituintes <strong>de</strong> quatro maneiras, como<br />

mostrado <strong>no</strong>s esquemas em (3):<br />

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