17.04.2013 Views

Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

(35) Escala <strong>de</strong> so<strong>no</strong>rida<strong>de</strong> 16<br />

obstruinte nasal líquida i/u e/o a<br />

- - - + Aberto 1<br />

- - + + Aberto 2<br />

- + + + Aberto 3<br />

- - - + + + + Vocói<strong>de</strong><br />

- - + + + + + Aproximante<br />

- + + + + + + Soante<br />

0 1 2 3 4 5 6<br />

O princípio <strong>de</strong> seqüência <strong>de</strong> so<strong>no</strong>rida<strong>de</strong> prevê a silabação correta <strong>de</strong> palavras como<br />

pasta e orla em português, bem como a silabação correta le.bre para lebre, mas não exclui a<br />

silabação incorreta leb.re (exemplos <strong>de</strong> Collischonn 2001). Uma alternativa para solucionar<br />

esse problema é o Princípio <strong>de</strong> Maximização do Ataque (cf. Selkirk 1982). De acordo com esse<br />

princípio, uma seqüência <strong>de</strong> consoantes entre vogais é dividida <strong>de</strong> modo a maximizar o ataque<br />

silábico, ou seja, uma ca<strong>de</strong>ia VCV é dividida em V. CV e não em VC. V. Além disso, esse<br />

princípio corretamente captura o fato <strong>de</strong> que a seqüência CV é consi<strong>de</strong>rada universal (presente<br />

em todas as línguas) e a seqüência VC é consi<strong>de</strong>rada estrutura marcada para muitas línguas.<br />

Assim, a sílaba canônica é a sílaba CV. Por exemplo, em casa, observam-se duas sílabas CV<br />

(/ka/ e /za/). O ataque po<strong>de</strong> ser vazio – como <strong>no</strong> <strong>de</strong>terminante a – ou preenchido por <strong>no</strong> máximo<br />

dois elementos, po<strong>de</strong>ndo a sílaba ser CCV, como a primeira sílaba <strong>de</strong> braço. A rima contém<br />

obrigatoriamente o núcleo e po<strong>de</strong> conter, ainda, uma coda, formando a sílaba CVC, como em<br />

mar.<br />

Há ainda a sílaba CVV, como em pai. Essa seqüência é formada por uma consoante e<br />

um ditongo. A sílaba CVV traz problemas <strong>de</strong>ntro da teoria métrica, uma vez que é necessário<br />

<strong>de</strong>finir em que posição fica a semivogal: se <strong>no</strong> núcleo ou na coda, para os ditongos<br />

<strong>de</strong>crescentes; e se <strong>no</strong> ataque ou <strong>no</strong> núcleo, para os ditongos crescentes.<br />

16 Consi<strong>de</strong>rando o português, Collischonn (2001) discute a estrutura interna <strong>dos</strong> constituintes da sílaba, mostrando<br />

que <strong>de</strong>terminadas seqüências <strong>de</strong> segmentos, como por exemplo /vl/, apesar <strong>de</strong> serem permitidas <strong>no</strong> padrão da<br />

língua, são restritas a <strong>no</strong>mes próprios <strong>de</strong> origem estrangeira. Cf. Bisol (1999), essas combinações são restritas a<br />

empréstimos ou à palavras <strong>no</strong>vas, como o<strong>no</strong>matopéias (tlim-tlim). Essa questão não é relevante para o presente<br />

trabalho, por isso não será discutida aqui.<br />

29

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!