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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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trabalho, caracterizam-se as vogais altas (ou seja, [i, u]) com o traço [-aberto3] e as não-altas<br />

([e, o, , , a]) com traço [+aberto3].<br />

1.2 Fo<strong>no</strong>logia Prosódica<br />

Para a análise proposta neste trabalho, é necessária, também, uma teoria que leve em<br />

conta os <strong>processos</strong> fo<strong>no</strong>lógicos em sua relação com outros componentes gramaticais. A<br />

aplicação <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> fo<strong>no</strong>lógicos <strong>de</strong> <strong>sândi</strong> <strong>exter<strong>no</strong></strong> é condicionada pelo acento principal do<br />

sintagma fo<strong>no</strong>lógico (cf. Abaurre 1996). Esse acento codifica informação referente ao<br />

parâmetro da direção da recursivida<strong>de</strong> sintática nas línguas. De acordo com Abaurre, Galves &<br />

Scarpa (1999), a sílaba que porta o acento nuclear <strong>de</strong>ve ser preservada, por carregar informação<br />

sintática relevante (a direção <strong>de</strong> recursivida<strong>de</strong> sintática), não po<strong>de</strong>ndo, então, sofrer <strong>processos</strong><br />

<strong>de</strong> redução. Consi<strong>de</strong>rando as sílabas não-acentuadas, observa-se, também, que a aplicação <strong>dos</strong><br />

<strong>processos</strong> ten<strong>de</strong> a preservar a sílaba que se encontra na direção do acento nuclear (cf. Bisol<br />

2000). Cabe à Fo<strong>no</strong>logia Prosódica capturar essas interfaces, uma vez que os domínios <strong>de</strong><br />

aplicação <strong>de</strong> regras fo<strong>no</strong>lógicas não são necessariamente isomórficos aos constituintes<br />

sintáticos.<br />

De acordo com a teoria prosódica, tal como proposta por Nespor & Vogel (1986), a<br />

representação mental do discurso é dividida em blocos organiza<strong>dos</strong> hierarquicamente, os<br />

constituintes prosódicos da gramática. Cada um <strong>de</strong>stes constituintes serve como o domínio <strong>de</strong><br />

aplicação <strong>de</strong> regras fo<strong>no</strong>lógicas. As autoras chamam atenção para o fato <strong>de</strong> que, enquanto os<br />

princípios que <strong>de</strong>finem os diversos constituintes prosódicos fazem referência a informações<br />

não-fo<strong>no</strong>lógicas (morfológicas, sintáticas, semânticas), o constituinte prosódico em si não é<br />

necessariamente isomórfico a qualquer constituinte encontrado <strong>no</strong>s outros componentes da<br />

gramática.<br />

Cada nível da hierarquia é <strong>de</strong>finido em termos <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> mapeamento que<br />

representam a interface entre a fo<strong>no</strong>logia e os outros componentes da gramática. E há quatro<br />

motivações para postular um constituinte na hierarquia fo<strong>no</strong>lógica (Nespor & Vogel, 1986:59).<br />

Uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> segmentos é consi<strong>de</strong>rada um constituinte na fo<strong>no</strong>logia se: (i) houver regras da<br />

gramática que, em sua formulação, precisem se referir a essa ca<strong>de</strong>ia; (ii) houver regras que têm<br />

necessariamente essa ca<strong>de</strong>ia como seu domínio <strong>de</strong> aplicação; (iii) a ca<strong>de</strong>ia for o domínio <strong>de</strong><br />

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