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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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Princípio 4: a relação <strong>de</strong> proeminência relativa <strong>de</strong>finida para nós irmãos é tal que a um<br />

nó é atribuído um valor forte (“s”, do inglês strong) e a to<strong>dos</strong> os outros nós é atribuído o valor<br />

fraco (“w”, do inglês weak).<br />

Na hierarquia apresentada acima, observa-se que Nespor & Vogel <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a<br />

existência <strong>dos</strong> níveis da palavra fo<strong>no</strong>lógica e do grupo clítico. Na estrutura apresentada por<br />

Selkirk (1984), o nível da palavra prosódica captura os níveis que Nespor & Vogel chamam <strong>de</strong><br />

palavra fo<strong>no</strong>lógica e <strong>de</strong> grupo clítico.<br />

Nespor & Vogel discutem regras fo<strong>no</strong>lógicas <strong>de</strong> algumas línguas para motivar a<br />

existência <strong>dos</strong> dois domínios (palavra fo<strong>no</strong>lógica e grupo clítico), afirmando que há regras que<br />

exibem diferentes graus <strong>de</strong> aplicação nesses domínios. Uma <strong>de</strong>las é o apagamento <strong>de</strong> nasal<br />

(ND, nasal <strong>de</strong>letion) em grego. De acordo com as autoras, essa regra aplica-se opcionalmente<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> palavra fo<strong>no</strong>lógica, mas se aplica obrigatoriamente entre duas palavras que pertençam<br />

ao mesmo grupo clítico; além disso, ND não se aplica entre duas palavras pertencentes a dois<br />

grupos clíticos diferentes.<br />

Ainda em grego, as regras <strong>de</strong> assimilação <strong>de</strong> nasal (NA, nasal assimilation) e <strong>de</strong><br />

vozeamento <strong>de</strong> oclusiva (SV, stop voicing) são obrigatórias <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> palavra e opcionais entre<br />

palavras pertencentes a um mesmo grupo clítico. As autoras argumentam, então, que a<br />

existência <strong>dos</strong> dois domínios prosódicos é necessária para a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>ssas regras.<br />

Tradicionalmente, os <strong>processos</strong> fo<strong>no</strong>lógicos que ocorrem entre palavras e entre clíticos e<br />

palavras (como são os casos <strong>de</strong> elisão, <strong>de</strong>geminação e ditongação analisa<strong>dos</strong> neste trabalho) são<br />

trata<strong>dos</strong> como <strong>processos</strong> <strong>de</strong> <strong>sândi</strong> <strong>vocálico</strong> <strong>exter<strong>no</strong></strong>, ou seja, são <strong>exter<strong>no</strong></strong>s à palavra. Existem,<br />

ainda, os <strong>processos</strong> <strong>de</strong> <strong>sândi</strong> <strong>vocálico</strong> inter<strong>no</strong>, ou seja, os <strong>processos</strong> que ocorrem <strong>no</strong> interior da<br />

palavra, como a <strong>de</strong>geminação e a ditongação que po<strong>de</strong>m ocorrer <strong>no</strong> interior <strong>de</strong> palavras, como<br />

se observa a seguir:<br />

(14) ál[koow] > ál[kow] – <strong>de</strong>geminação<br />

(15) t[i.a]go > t[ja.]go – ditongação<br />

No entanto, não existe, em PB, elisão interna à palavra. Assim, a elisão sempre é<br />

consi<strong>de</strong>rada um processo <strong>de</strong> <strong>sândi</strong> <strong>exter<strong>no</strong></strong> por não ocorrer <strong>no</strong> interior <strong>de</strong> palavra, mas sim entre<br />

palavras.<br />

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