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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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Como é possível observar, o processo <strong>de</strong> elisão é bem me<strong>no</strong>s favorecido quando o<br />

contexto se encontra na seqüência V2V3, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> grupo clítico, enquanto que a ditongação é<br />

mais favorecida nesse mesmo contexto. Por outro lado, a elisão é mais aplicada na seqüência<br />

V1V2 entre grupos clíticos, enquanto que a ditongação é me<strong>no</strong>s favorecida nesse contexto. Já,<br />

para o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>geminação ser aplicado, o contexto é irrelevante.<br />

Conclui-se, então, que o domínio do grupo clítico não favorece a aplicação da elisão.<br />

4.3 Resumo das análises sobre o uso <strong>dos</strong> <strong>processos</strong><br />

Neste capítulo, discutiu-se o uso <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>de</strong> elisão, ditongação e <strong>de</strong>geminação <strong>no</strong><br />

falar da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Chamou-se a atenção para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se verificar questões<br />

dialetais influenciando a aplicação <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> e, também, <strong>de</strong> se observar os da<strong>dos</strong> da elisão<br />

separadamente <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> ditongação na discussão sobre a preferência <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> um<br />

processo em <strong>de</strong>trimento do outro. Além disso, observou-se a influência da qualida<strong>de</strong> das vogais,<br />

da posição em que elas se encontram numa seqüência <strong>de</strong> três vogais átonas e <strong>dos</strong> domínios<br />

prosódicos do grupo clítico e do sintagma fo<strong>no</strong>lógico na aplicação <strong>dos</strong> <strong>processos</strong>.<br />

Concluiu-se, <strong>de</strong> acordo com os da<strong>dos</strong> <strong>de</strong>sta pesquisa, que, em São Paulo, <strong>no</strong>s casos em<br />

que tanto a ditongação quanto a elisão é possível, há preferência pela aplicação da elisão, ao<br />

contrário do que foi apresentado <strong>no</strong>s da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> dialetos <strong>de</strong> outras cida<strong>de</strong>s, <strong>no</strong> estudo <strong>de</strong> Bisol.<br />

Além disso, apesar <strong>de</strong> os números referentes à elisão confirmarem a afirmação <strong>de</strong> Bisol com<br />

relação à aplicação categórica <strong>de</strong>sse processo quando a primeira vogal do contexto é [a], houve<br />

70,83% <strong>de</strong> elisão <strong>de</strong> [u], indicando um favorecimento pela elisão e não pela ditongação, mesmo<br />

quando a vogal inicial não é [a], mas outra vogal dorsal.<br />

Além da aplicação <strong>de</strong> elisão <strong>de</strong> vogal [dorsal], foram observadas algumas ocorrências <strong>de</strong><br />

elisão <strong>de</strong> vogal [coronal]. De acordo com os da<strong>dos</strong> do corpus <strong>de</strong>ste trabalho, pô<strong>de</strong>-se observar<br />

que a elisão <strong>de</strong> [i] ocorreu em 13% <strong>dos</strong> casos em que uma consoante [coronal] a precedia,<br />

corroborando a análise discutida <strong>no</strong> capítulo 3. Chamou-se, ainda, a atenção para o fato <strong>de</strong> nunca<br />

ocorrer elisão <strong>de</strong> [i] quando a consoante prece<strong>de</strong>nte era labial ou dorsal.<br />

Corroborando o estudo feito por Bisol, observou-se que o processo <strong>de</strong> elisão é mais<br />

aplicado quando a vogal seguinte à vogal a ser elidida é dorsal (ou posterior, <strong>no</strong>s termos da<br />

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