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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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sintagma fo<strong>no</strong>lógico. Simione mostra que a distribuição é a seguinte: com relação às seqüências<br />

eo, e e eu, a realização com ditongo crescente foi baixa (11,76% para eo e e e 0% para eu). A<br />

autora afirma que, para a seqüência eo, po<strong>de</strong>ria ser esperado o alçamento do primeiro segmento<br />

/e/ (o que resultaria na seqüência io) ou o alçamento do segundo segmento /o/ (o que resultaria na<br />

seqüência eu). Porém, a tabela acima indica que não há da<strong>dos</strong> com ditongo crescente, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

palavras, para a seqüência eu e que para a seqüência eo, a realização com ditongo crescente é<br />

<strong>de</strong>sfavorecida. Esses da<strong>dos</strong> fizeram com que Simioni levantasse a hipótese <strong>de</strong> que há uma<br />

preferência pelo alçamento do segundo segmento nas palavras que contêm a seqüência eo, diante<br />

da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alçar o primeiro ou o segundo segmento.<br />

Embora, em termos absolutos, a ditongação interna (60,74%) seja próxima da distribuição<br />

da ditongação entre palavras (59% - Bisol 2002), há uma diferença que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da combinação<br />

<strong>de</strong> vogais do contexto. Na tabela 37 acima, observa-se que, nas combinações <strong>de</strong> vogais analisadas<br />

por Simioni, não estão incluídas as combinações que favorecem a ocorrência <strong>de</strong> elisão, como<br />

proposto por Bisol, não se po<strong>de</strong>ndo afirmar que as conclusões <strong>de</strong> ambas as autoras sejam as<br />

mesmas com relação à aplicação do processo <strong>de</strong> ditongação.<br />

4.2 Análise <strong>de</strong>sta dissertação<br />

Bisol (2002) analisou três fatores lingüísticos e três extralingüísticos em sua análise da<br />

<strong>de</strong>geminação e elisão, baseando-se em da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> corpus <strong>de</strong> fala espontânea.<br />

Como foi visto <strong>no</strong> capítulo 2, o corpus <strong>de</strong>sta dissertação foi montado controlando-se as<br />

variáveis extralingüísticas (to<strong>dos</strong> os informantes são da mesma região geográfica – SP; to<strong>dos</strong> têm<br />

a mesma escolarida<strong>de</strong> – nível superior completo; e to<strong>dos</strong> têm a mesma faixa etária 23 – 30). No<br />

que se refere aos fatores lingüísticos, foi controlado o acento – <strong>de</strong> modo que todas as vogais<br />

envolvidas fossem átonas. Assim, po<strong>de</strong>-se observar <strong>de</strong>talhadamente a influência <strong>dos</strong> seguintes<br />

fatores lingüísticos: domínio prosódico e qualida<strong>de</strong> da vogal.<br />

Diferentemente <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong> por Bisol (1996, 2002), Abaurre, Galves &<br />

Scarpa (1999), Veloso (2003), Simione (2005) e Santos (2007), para este trabalho foram cria<strong>dos</strong><br />

contextos em que há três vogais átonas seguidas, que po<strong>de</strong>m resultar em diferentes <strong>processos</strong>. Na<br />

classificação <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, também <strong>de</strong> modo diferente <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> das autoras, foram criadas quatro<br />

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