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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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ditongação, po<strong>de</strong>-se observar que ela é mais produtiva quando a primeira vogal do contexto é<br />

[coronal] e não [dorsal].<br />

Resumindo, po<strong>de</strong>-se observar que, <strong>no</strong>s contextos em que os dois <strong>processos</strong> são possíveis,<br />

a ditongação é preferida quando a primeira vogal é coronal (83%), mas a elisão é preferida<br />

quando a primeira vogal é dorsal (82%). Cumpre chamar a atenção <strong>de</strong> que, se a elisão <strong>de</strong> vogal<br />

coronal, quando a consoante prece<strong>de</strong>nte é coronal, fosse puramente fonética, esperar-se-ia que<br />

houvesse uma preferência pela elisão e não pela ditongação nestes casos. Ainda, observa-se que o<br />

padrão geral <strong>de</strong> distribuição <strong>dos</strong> <strong>processos</strong>, quando há <strong>de</strong>ssemelhança entre a consoante e a vogal,<br />

aponta a elisão como processo preferido. Outros fatores, como a posição <strong>de</strong>ntro <strong>dos</strong> domínios<br />

prosódicos, po<strong>de</strong>m estar interferindo nesta distribuição (cf. 4.2.3).<br />

Entretanto, além da consoante prece<strong>de</strong>nte, mais uma análise <strong>de</strong>ve ser feita sobre a elisão<br />

<strong>no</strong> que se refere à qualida<strong>de</strong> da vogal. De acordo com Bisol (cf. tabela 36), a aplicação <strong>de</strong>ste<br />

processo também varia <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da qualida<strong>de</strong> da vogal seguinte (coronal ou dorsal).<br />

Observam-se, então, os da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> elisão 64 <strong>de</strong>sta dissertação, assumindo que, <strong>no</strong> dialeto falado em<br />

SP, há dois tipos <strong>de</strong> elisão com coronais e com dorsais na primeira posição:<br />

tabela 53: ocorrência <strong>de</strong> elisão – corpus <strong>de</strong>sta dissertação – entre V1 e V2 e V2 e V3<br />

Vogal a ser elidida vogal seguinte ocorrência total <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> % <strong>de</strong> ocorrência<br />

[coronal] +<br />

[dorsal] +<br />

V[coronal] 0 0 0<br />

V[dorsal] 16 144 11,11<br />

V[coronal] 42 144 29,17<br />

V[dorsal] 114 216 52,79<br />

A tabela acima indica que a elisão é mais aplicada diante <strong>de</strong> vogal dorsal (ou posterior,<br />

<strong>no</strong>s termos <strong>de</strong> Bisol), corroborando os da<strong>dos</strong> da autora.<br />

É necessário, também, observar se a qualida<strong>de</strong> da vogal tem alguma influência <strong>no</strong>s<br />

<strong>processos</strong> <strong>de</strong> ditongação e <strong>de</strong>geminação.<br />

64 Como o contexto para elisão é formado por vogal + vogal <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> diferente, observa-se que o contexto<br />

[coronal]+[coronal] não é preenchido.<br />

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