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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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acentuada e, também, quando apenas a segunda vogal for acentuada, mesmo que carregue o<br />

acento do sintagma fo<strong>no</strong>lógico. Veloso ainda afirma que a ditongação po<strong>de</strong> ocorrer<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> a primeira ou segunda vogal do contexto constituir mo<strong>no</strong>morfemas;<br />

c) a <strong>de</strong>geminação é uma fusão <strong>de</strong> vogais (cf. Bisol, Veloso e Tenani); esse processo não<br />

ocorre quando ambas as vogais são acentuadas e nem quando somente a segunda vogal porta<br />

acento, mas ocorre quando ambas são átonas e também quando apenas a primeira vogal é<br />

acentuada. Veloso (2003) afirma que, como a ditongação, a <strong>de</strong>geminação também po<strong>de</strong> ocorrer<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> ser a primeira ou a segunda vogal do contexto um mo<strong>no</strong>morfema;<br />

d) o contexto da ditongação po<strong>de</strong> ser idêntico ao contexto <strong>de</strong> elisão; os da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Bisol<br />

(1996, 2002) apontam que ambos os <strong>processos</strong> são possíveis, porém indicam que a ditongação é<br />

mais aplicada que a elisão; além disso, esses da<strong>dos</strong> também apontam para o fato <strong>de</strong> que a elisão<br />

é mais produzida quando a vogal seguinte à vogal a ser elidida é [posterior] e não [anterior];<br />

com relação aos domínios prosódicos, na pesquisa <strong>de</strong> Bisol, o programa VARBRUL selecio<strong>no</strong>u<br />

da<strong>dos</strong> que indicam o favorecimento da elisão <strong>no</strong> sintagma fo<strong>no</strong>lógico mais do que <strong>no</strong>s outros<br />

domínios e que a combinação palavra + mo<strong>no</strong>morfema favorece a ocorrência <strong>de</strong> <strong>processos</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>sândi</strong>, enquanto que a combinação mo<strong>no</strong>morfema + palavra <strong>de</strong>sfavorece.<br />

No entanto, os trabalhos acima especifica<strong>dos</strong> não tratam, especificamente, do dialeto<br />

falado na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Assim, esta dissertação tem o objetivo <strong>de</strong> verificar quais as<br />

características <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>de</strong> elisão, ditongação e <strong>de</strong>geminação <strong>no</strong> falar <strong>de</strong> São Paulo e<br />

observar como eles são usa<strong>dos</strong>. Algumas diferenças são observadas neste dialeto:<br />

a) há alta aplicação <strong>de</strong> elisão, ao contrário da ditongação, mesmo quando a vogal a ser<br />

apagada é não é [a];<br />

b) a elisão <strong>de</strong> vogal coronal po<strong>de</strong> ocorrer em contextos específicos (cf. capítulo 3);<br />

c) o fato <strong>de</strong> o contexto para elisão estar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sintagma fo<strong>no</strong>lógico não parece ser o<br />

que favorece sua aplicação, <strong>de</strong> acordo com os da<strong>dos</strong> do corpus <strong>de</strong>sta dissertação.<br />

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