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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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4.2.2.2 A ditongação<br />

No que diz respeito à ditongação, po<strong>de</strong>-se observar na tabela 54, a seguir, a distribuição<br />

<strong>de</strong> sua ocorrência. Levaram-se em conta as ocorrências com /a/ na primeira posição, seguida por<br />

/e/, /i/, /u/ ou /o/; com /u/ na primeira posição, seguida por /a/, /e/, /i/ ou /o/, e /i/ na primeira<br />

posição seguida por /a/ ou /o/. 65<br />

tabela 54: ocorrência <strong>de</strong> ditongação <strong>de</strong> acordo com a qualida<strong>de</strong> da vogal - entre V1 e V2 e V2 e V3<br />

Ditongação Ocorrência Total <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> % <strong>de</strong> ocorrência<br />

1 [a] + [i] 3 72 4,17<br />

2 [a] + [u] 20 72 27,78<br />

3 [a] + [o] 9 24 37,5<br />

4 [u] + [a] 54 96 56,25<br />

5 [u] + [o] 11 24 4,17<br />

6 [i] + [a] 48 72 66,67<br />

7 [i] + [o] 4 4 100<br />

Na tabela 54, po<strong>de</strong>-se observar que a quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> contextos com [o], na posição V3<br />

(quando não se espera que ele seja alçado por estar em início <strong>de</strong> palavra, como em ‘a ossada’) é<br />

baixa comparando-a com a quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> contextos com outras vogais. Como indica a linha<br />

3 da tabela, houve 9 ocorrências <strong>de</strong> alçamento <strong>de</strong> [o] nesta posição, formando o ditongo [aw]; <strong>no</strong>s<br />

15 casos restantes, do total consi<strong>de</strong>rado nessa mesma linha, não houve alçamento e, portanto, não<br />

houve ditongação. A linha 5 refere-se aos contextos forma<strong>dos</strong> por /u/+/o/ e /o/+/o/, <strong>no</strong>s quais<br />

houve alçamento da primeira vogal, que se tor<strong>no</strong>u um gli<strong>de</strong>, sendo que a segunda vogal estava<br />

65 Como os contextos são forma<strong>dos</strong> apenas por sílabas átonas, <strong>no</strong>rmalmente /e/ e /i/ são reduzi<strong>dos</strong> para [i] (como em<br />

conhece, e a Mônica) e /o/ e /u/ são geralmente reduzi<strong>dos</strong> para [u] (como em alu<strong>no</strong>, o Paulo). Assim, as linhas 1, 2, 4<br />

e 6 referem-se às combinações /a/+/e/ e /a/+/i/; /a/+/o/ e /a/+/u/; /u/+/a/ e /o/+/a/; /e/+/a/ e /i/+/a/, respectivamente,<br />

<strong>no</strong>s contextos em que /e/ e /o/ geralmente são alçadas, em V1 e V2 ou em V2 e V3 - neste caso, quando V3 for um<br />

artigo (como em A Renata e o Sérgio). No entanto, as vogais /o/ e /e/, na posição V3, geralmente não são reduzidas<br />

quando são a primeira vogal <strong>de</strong> uma palavra, como em e o hotel, e a ossada, e a eficácia, (embora haja casos <strong>de</strong><br />

alçamento como em cochilo, produzida [ & ]). A linha 3 refere-se ao contexto formado por /a/ + /o/, em V2 e V3<br />

(com V3 em início <strong>de</strong> palavra), em que, embora não seja contexto para a ditongação (pelo fato <strong>de</strong> as vogais /e/ e /o/<br />

<strong>no</strong>rmalmente não alçarem nesta combinação), houve algumas produções com [aw], para a ossada. Nos da<strong>dos</strong>, não<br />

houve contextos com vogal +/e/ (em V2 e V3) (como em a eficácia), <strong>de</strong> modo que fosse possível verificar se a vogal<br />

/e/ seria alçada em posição pré-tônica, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> item lexical.<br />

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