Factores Críticos de Sucesso no Mercado do Vinho em Portugal e a ...
Factores Críticos de Sucesso no Mercado do Vinho em Portugal e a ...
Factores Críticos de Sucesso no Mercado do Vinho em Portugal e a ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> percebida e exten<strong>de</strong>m-<strong>no</strong> a quatro dimensões <strong>de</strong> percepção da qualida<strong>de</strong>. Curioso<br />
ainda, é o facto <strong>de</strong> colocar<strong>em</strong> a hipótese da extensão da teoria à música, moda e artes <strong>no</strong> geral.<br />
Uma das dimensões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que falam é a qualida<strong>de</strong> absoluta, referin<strong>do</strong>-se às<br />
características <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> imutáveis e objectivas, mas, mesmo <strong>no</strong> caso <strong>de</strong> peritos, observa-se que<br />
<strong>em</strong>bora estes apresent<strong>em</strong> consistência <strong>no</strong>s seus julgamentos, quan<strong>do</strong> se observam os <strong>de</strong>svios entre<br />
as classificações que peritos diferentes apresentam para o mesmo vinho, observam-se valores<br />
bastante eleva<strong>do</strong>s e dispares (Gawel e God<strong>de</strong>n, 2008), o que parece provar que há uma certa<br />
subjectivida<strong>de</strong> até <strong>em</strong> provas aparent<strong>em</strong>ente objectivas.<br />
Voltan<strong>do</strong> ao estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Charters e Pettigrew, estes apresentam duas dictomias para se<br />
perceber o conceito <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> num vinho, e enunciam que os consumi<strong>do</strong>res enquadram a sua<br />
percepção <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> consoante as situações <strong>de</strong> consumo, alimentos, locais, etc, principalmente,<br />
mas também face a outros factores, como o que estão dispostos a gastar. A primeira dicotomia<br />
apresenta as qualida<strong>de</strong>s absoluta/relativa; 1) a qualida<strong>de</strong> absoluta pren<strong>de</strong>-se com algo que é<br />
absoluto, imutável e reconheci<strong>do</strong> como sen<strong>do</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, mesmo quan<strong>do</strong> os consumi<strong>do</strong>res não a<br />
consegu<strong>em</strong> reconhecer, estamos a falar <strong>de</strong> factores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> como a marca, prémios, <strong>no</strong>tas por<br />
parte <strong>de</strong> críticos, vinhos caros; 2) qualida<strong>de</strong> relativa, é a qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> relação a qualquer coisa, aqui<br />
a qualida<strong>de</strong> aparece relativa a outros factores como, o preço, as modas, a disposição <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r,<br />
etc. A segunda dictomia apresenta a subjectiva/objectiva; 3) a qualida<strong>de</strong> objectiva t<strong>em</strong> que ver com a<br />
qualida<strong>de</strong> entendida por to<strong>do</strong>s e intrinseca ao próprio produto, os aromas, o equilibrio, a aci<strong>de</strong>z, as<br />
técnicas <strong>de</strong> vinificação, as castas; 4) a qualida<strong>de</strong> subjectiva está ligada ao factor gosto pessoal,<br />
<strong>em</strong>bora possam reconhecer um vinho com qualida<strong>de</strong> “objectivamente”, os consumi<strong>do</strong>res po<strong>de</strong>m não<br />
o consi<strong>de</strong>rar com qualida<strong>de</strong> para eles, por não ser ao seu gosto.<br />
Ao dispôr <strong>de</strong> qualquer consumi<strong>do</strong>r português, a única referência <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> “oficial”, ou seja<br />
tangível, que existe é o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> classificações <strong>de</strong> vinhos oficial. Este sist<strong>em</strong>a, dada a natureza <strong>do</strong><br />
produto é algo limita<strong>do</strong>, basean<strong>do</strong>-se, fundamentalmente <strong>em</strong> questões geográficas e <strong>de</strong> práticas<br />
enólogas.<br />
Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Classificação <strong>de</strong> <strong>Vinho</strong>s Português 2<br />
D.O.C. - De<strong>no</strong>minação <strong>de</strong> Orig<strong>em</strong> Controlada<br />
Designação atribuída a vinhos cuja produção está tradicionalmente ligada a uma região<br />
geograficamente <strong>de</strong>limitada e sujeita a um conjunto <strong>de</strong> regras consignadas <strong>em</strong> legislação própria<br />
(características <strong>do</strong>s solos, castas recomendadas e autorizadas, práticas <strong>de</strong> vinificação, teor alcoólico,<br />
t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> estágio, etc.). Na prática, obtiveram este estatuto as mais antigas regiões produtoras <strong>de</strong>ste<br />
tipo <strong>de</strong> vinhos.<br />
2 Conforme enuncia<strong>do</strong> pelo I.V.V.<br />
12