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Factores Críticos de Sucesso no Mercado do Vinho em Portugal e a ...

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Wakefield, que já possui unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> e transformação e que <strong>no</strong> seu portfólio <strong>de</strong> produtos<br />

oferece já <strong>do</strong>is vinhos e um produto vínico (sangria).<br />

Quanto aos restantes países africa<strong>no</strong>s lusófo<strong>no</strong>s, to<strong>do</strong>s, com a excepção da Guiné-Bissau<br />

apresentam-se como merca<strong>do</strong>s naturais para o vinho português e relativamente estáveis económica<br />

e politicamente, com Moçambique a ser o sétimo país com mais volume <strong>de</strong> vinho português<br />

importa<strong>do</strong>, mas consumin<strong>do</strong> vinhos <strong>de</strong> valor francamente inferior aos <strong>de</strong> Angola. Também se<br />

apresenta como país produtor <strong>em</strong> potencial, <strong>no</strong> entanto, <strong>em</strong>bora goze <strong>de</strong> maior estabilida<strong>de</strong> política,<br />

não apresenta o crescimento económico <strong>de</strong> Angola.<br />

O Brasil, como país lusófo<strong>no</strong> também se apresenta como uma oportunida<strong>de</strong> para os vinhos<br />

portugueses, primeiro pela comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> portuguesa que t<strong>em</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>em</strong> manter<br />

alguns laços com <strong>Portugal</strong>, <strong>de</strong>pois pelo potencial <strong>de</strong>ste merca<strong>do</strong> que importa anualmente uma<br />

quantida<strong>de</strong> muito superior à produzida <strong>no</strong> país, <strong>em</strong> 2008 importou 579,4 Mhl, ten<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> apenas<br />

3,2 Mhl. Quan<strong>do</strong> observamos que a capitação neste país é <strong>de</strong> apenas 1,7 l/per capita e que existe um<br />

estu<strong>do</strong>, <strong>do</strong> Instituto Brasileiro <strong>do</strong> <strong>Vinho</strong>, que estima que até 2030 esta mesma capitação <strong>de</strong>verá subir<br />

até aos 3,5 l/per capita, é fácil perceber a atractivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste merca<strong>do</strong>.<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e Rei<strong>no</strong> Uni<strong>do</strong><br />

S<strong>em</strong> tradição <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> vinhos <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>, muito <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao seu clima, o<br />

Rei<strong>no</strong> Uni<strong>do</strong> é um merca<strong>do</strong> <strong>em</strong> que praticamente a totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> vinho consumi<strong>do</strong> provém <strong>do</strong><br />

exterior, <strong>em</strong> 2006 foram produzi<strong>do</strong>s 2969 hl e consumi<strong>do</strong>s 11.700.000 hl, observan<strong>do</strong>-se uma taxa <strong>de</strong><br />

crescimento a cinco a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 18%, fazen<strong>do</strong>-o o maior e um <strong>do</strong>s mais apetecíveis merca<strong>do</strong>s mundiais.<br />

Embora os vinhos portugueses s<strong>em</strong>pre tenham esta<strong>do</strong> presentes neste merca<strong>do</strong>,<br />

especialmente, como já vimos, através <strong>do</strong> vinho <strong>do</strong> Porto. Este merca<strong>do</strong> é marca<strong>do</strong> por uma<br />

concorrência feroz, especialmente <strong>de</strong> países <strong>do</strong> Novo Mun<strong>do</strong>, que apelam a um público mais jov<strong>em</strong>,<br />

com vinhos económicos e fáceis <strong>de</strong> beber, mas também por países <strong>do</strong> Velho Mun<strong>do</strong>, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao<br />

eleva<strong>do</strong> po<strong>de</strong>r económico <strong>de</strong> parte da população.<br />

Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, o consumo subiu, <strong>de</strong> 2002 para 2006, <strong>em</strong> cerca <strong>de</strong> 14% e possu<strong>em</strong><br />

também um eleva<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> vinho importa<strong>do</strong>, muito <strong>em</strong>bora sejam igualmente um país produtor.<br />

Estes <strong>do</strong>is países, representan<strong>do</strong> oportunida<strong>de</strong>, pela estabilida<strong>de</strong> das suas eco<strong>no</strong>mias, po<strong>de</strong>r<br />

económico da população e potencial <strong>de</strong> crescimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, são também merca<strong>do</strong>s dificeis <strong>de</strong><br />

actuar para países peque<strong>no</strong>s como <strong>Portugal</strong>, especialmente com <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> tão pequena<br />

dimensão e <strong>em</strong> merca<strong>do</strong>s on<strong>de</strong> o consumi<strong>do</strong>r é muito exigente, requeren<strong>do</strong> gran<strong>de</strong>s esforços <strong>de</strong><br />

i<strong>no</strong>vação e <strong>de</strong> marketing.<br />

Adicionalmente <strong>em</strong> relação ao merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s E.U.A., dizia Roger Voss, jornalista <strong>do</strong> “Wine<br />

Enthusiast Magazine”: “The opportunity for Portuguese Wine is K<strong>no</strong>w (...)”, <strong>no</strong> Forum <strong>do</strong> Sector <strong>do</strong><br />

<strong>Vinho</strong> 2007, referin<strong>do</strong> os pontos fortes <strong>do</strong>s vinhos portugueses, que são na sua opinião: os sabores<br />

das castas portuguesas, o Porto, o <strong>Vinho</strong> Ver<strong>de</strong> e ainda os Preços. Como pontos negativos refere:<br />

<strong>de</strong>sconhecimento <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>; dificulda<strong>de</strong> na pronunciação <strong>de</strong> <strong>no</strong>mes portugueses; america<strong>no</strong>s<br />

confun<strong>de</strong>m <strong>Portugal</strong> com Espanha; não há publicida<strong>de</strong> a vinhos portugueses. Diz ainda o jornalista<br />

que o merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s E.U.A. é caracteriza<strong>do</strong> pelo facto <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res não querer<strong>em</strong> saber <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

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