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Factores Críticos de Sucesso no Mercado do Vinho em Portugal e a ...

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Diversificação e Internacionalização<br />

A reduzida produção <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> face a gigantes como a Austrália e os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,<br />

assim como a dimensão reduzida <strong>do</strong>s produtores, com a consequente limitação <strong>de</strong> recursos<br />

<strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à internacionalização – comercialização e promoção - dificulta imenso o sucesso <strong>de</strong><br />

s<strong>em</strong>elhante estratégia, <strong>no</strong> entanto, o sector não <strong>de</strong>ve aban<strong>do</strong>nar os merca<strong>do</strong>s exter<strong>no</strong>s, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao<br />

<strong>de</strong>créscimo <strong>do</strong> consumo inter<strong>no</strong> e porque uma <strong>de</strong>pendência excessiva na procura interna acarreta<br />

graves riscos.<br />

A dispersão <strong>de</strong> esforços <strong>em</strong> vários merca<strong>do</strong>s exter<strong>no</strong>s, por um la<strong>do</strong> reduz a <strong>de</strong>pendência<br />

excessiva relativa <strong>em</strong> cada merca<strong>do</strong> exter<strong>no</strong>, por outro, aumenta o efeito da limitação <strong>de</strong> recursos <strong>do</strong><br />

sector. A falta <strong>de</strong> uma estratégia que abranja a totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> sector t<strong>em</strong> leva<strong>do</strong> ao insucesso <strong>do</strong>s<br />

vinhos portugueses <strong>no</strong> estrangeiro, já que concertação, concentração <strong>de</strong> esforços e alianças <strong>de</strong>verão<br />

ser tácticas a ter <strong>em</strong> conta pelas <strong>em</strong>presas portuguesas para aumentar os níveis <strong>de</strong> eficácia da<br />

exportação <strong>de</strong> vinhos.<br />

As ligações, ao nível cultural e <strong>de</strong> partilha da língua, com os países lusófo<strong>no</strong>s <strong>de</strong>verão servir<br />

como uma alavanca para a promoção <strong>do</strong>s vinhos portugueses nestes merca<strong>do</strong>s, que <strong>de</strong>verão ser<br />

merca<strong>do</strong>s prioritários, por ser<strong>em</strong> merca<strong>do</strong>s, não totalmente isentos <strong>de</strong> riscos, mas com um potencial<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento imenso e s<strong>em</strong> tradição na produção <strong>de</strong> vinhos, mas com tradição <strong>no</strong> consumo.<br />

Nos merca<strong>do</strong>s mais maduros e <strong>de</strong> maior valor, como é o caso <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rei<strong>no</strong> Uni<strong>do</strong> e<br />

da Al<strong>em</strong>ana, a estratégia <strong>de</strong>verá ser b<strong>em</strong> traçada, focada <strong>em</strong> certos nichos, ten<strong>do</strong> como base: a<br />

diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vinhos como forma <strong>de</strong> diferenciação <strong>do</strong> produto português; a promoção <strong>do</strong> vinho<br />

liga<strong>do</strong> com o turismo; a aposta <strong>no</strong>s vinhos nacionais <strong>de</strong> maior qualida<strong>de</strong>.<br />

É <strong>no</strong>s nichos <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> que as <strong>em</strong>presas pequenas po<strong>de</strong>m ter vantag<strong>em</strong> sobre as gran<strong>de</strong>s<br />

<strong>em</strong>presas. Porque são as pequenas <strong>em</strong>presas que possu<strong>em</strong> um charme muito próprio e distinto, que<br />

possu<strong>em</strong> a imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> <strong>no</strong>breza e requinte, ou até a imag<strong>em</strong> rústica e tradicional, que muitos nichos<br />

<strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res procuram. São <strong>em</strong>presas como a Casa Agrícola da Quinta <strong>do</strong> Falcão que, mesmo<br />

a<strong>do</strong>ptan<strong>do</strong> técnicas mo<strong>de</strong>rnas, mantêm-se afastadas <strong>de</strong> uma imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> indústria e <strong>de</strong> massificação.<br />

Todas estas características para além <strong>de</strong> sobressair <strong>no</strong> vinho, são ainda mais valorizadas e <strong>no</strong>tadas<br />

<strong>no</strong> e<strong>no</strong>turismo.<br />

E<strong>no</strong>turismo, que constitui uma estratégia <strong>de</strong> diversificação por excelência e com gran<strong>de</strong><br />

potencial. É preciso ver que na Austrália, 12% <strong>do</strong>s seus visitantes visitam as vinhas <strong>do</strong> país e sen<strong>do</strong><br />

<strong>Portugal</strong>, o país <strong>do</strong> vinho <strong>do</strong> Porto e um país on<strong>de</strong> o vinho está tão enraiza<strong>do</strong> na cultura, possuin<strong>do</strong><br />

condições <strong>de</strong> excelência para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> turismo e<strong>no</strong>lógico, não há razão para que a<br />

imag<strong>em</strong> <strong>do</strong> país não esteja associada ao vinho e para que não haja uma cooperação efectiva entre a<br />

indústria <strong>do</strong> vinho e a indústria <strong>do</strong> turismo, com a criação <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>s entre agentes económicos <strong>do</strong><br />

turismo, hóteis portugueses, promotores e agências, mas também com cooperação entre várias<br />

a<strong>de</strong>gas, mesmo locais.<br />

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