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Factores Críticos de Sucesso no Mercado do Vinho em Portugal e a ...

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conhecimento <strong>em</strong>pírico. A distância que existe entre a maioria <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res e os produtores é<br />

<strong>de</strong>masia<strong>do</strong> gran<strong>de</strong>, acarretan<strong>do</strong> por isso alguns riscos e que até são visíveis - a diminuição <strong>do</strong><br />

consumo total e per capita, são ex<strong>em</strong>plos disso mesmo. A nível <strong>do</strong>s esforços <strong>de</strong> Marketing, a<br />

publicida<strong>de</strong> ao vinho é pouca, quan<strong>do</strong> a comparamos com a publicida<strong>de</strong> existente a outras bebidas.<br />

Há pouca informação disponível para o consumi<strong>do</strong>r, apenas as gran<strong>de</strong>s <strong>em</strong>presas têm orçamento<br />

para investir<strong>em</strong> nesta área. Assim a maior parte da promoção é feita por associações e outras<br />

entida<strong>de</strong>s responsáveis pela promoção. Esta promoção é muita vezes levada a cabo ao nível <strong>de</strong><br />

região ou tipo <strong>de</strong> vinho, <strong>no</strong> caso <strong>do</strong> <strong>Vinho</strong> Ver<strong>de</strong>, o que <strong>de</strong> certa forma é insuficiente quan<strong>do</strong> se ven<strong>de</strong><br />

um produto <strong>de</strong> características tão diferenciadas, mesmo quan<strong>do</strong> é produzi<strong>do</strong> na mesma região, com o<br />

mesmo tipo <strong>de</strong> uva, etc..<br />

Outras razões que <strong>no</strong>s distingu<strong>em</strong> <strong>de</strong> países como a Austrália e os Esta<strong>do</strong> Uni<strong>do</strong>s, que têm<br />

uma abordag<strong>em</strong> muito mais científica <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> Marketing <strong>do</strong> <strong>Vinho</strong>, têm que ver com o facto <strong>do</strong>s<br />

seus merca<strong>do</strong>s se ter<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> recent<strong>em</strong>ente, o que possibilitou uma abordag<strong>em</strong> mais<br />

mo<strong>de</strong>rna ao Marketing, mas também porque os seus consumi<strong>do</strong>res inter<strong>no</strong>s se distingu<strong>em</strong><br />

claramente <strong>do</strong>s europeus e <strong>do</strong>s portugueses, primeiro, por consumir<strong>em</strong> muito me<strong>no</strong>s quantida<strong>de</strong> e<br />

<strong>em</strong> segun<strong>do</strong> porque não têm uma tradição <strong>do</strong> seu consumo. A agressivida<strong>de</strong> com que outros países<br />

tratam o merca<strong>do</strong> também terá que ver com os seus merca<strong>do</strong>s exter<strong>no</strong>s, que adquir<strong>em</strong> uma<br />

expressão muito importante <strong>no</strong>s volumes <strong>de</strong> vendas, o que não acontece <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>.<br />

No entanto, muito <strong>em</strong>bora existam diferenças entre comportamentos <strong>de</strong> consumo, o certo é<br />

que a análise <strong>de</strong> pesquisas feitas <strong>no</strong>utros países terá s<strong>em</strong>pre o seu interesse, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> por isso ser<br />

objecto <strong>de</strong> reflexão.<br />

Cultura e Conhecimento<br />

Ten<strong>do</strong> constata<strong>do</strong> que a produção <strong>de</strong> vinho mu<strong>do</strong>u tanto <strong>em</strong> cerca <strong>de</strong> 30 a<strong>no</strong>s, que é natural<br />

que o seu consumo, <strong>em</strong> qualida<strong>de</strong> e quantida<strong>de</strong> também. Culturalmente uma bebida que acompanha<br />

a refeição ou até vista como um alimento, o vinho <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> s<strong>em</strong>pre esteve presente <strong>no</strong>s hábitos<br />

portugueses, o que não quer dizer que os portugueses sejam cultos <strong>em</strong> assuntos vínicos ou sequer<br />

que o conheçam b<strong>em</strong> ou ainda, que mantenham uma relação <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> que dispense qualquer<br />

esforço comercial por parte <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> o ven<strong>de</strong>.<br />

Na realida<strong>de</strong>, os a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> marasmo <strong>em</strong> que o sector viveu serviram para <strong>de</strong>saculturar os<br />

consumi<strong>do</strong>res, o que, por um la<strong>do</strong>, se provou ser benéfico para os produtores, porque a procura por<br />

vinhos estrangeiros s<strong>em</strong>pre se manteve incipiente, por outro colocou-os numa posição <strong>de</strong> risco,<br />

permeáveis às campanhas agressivas <strong>do</strong>s produtores <strong>de</strong> cerveja e <strong>de</strong> outros produtos substitutos e<br />

ainda à possibilida<strong>de</strong> da entrada <strong>de</strong> vinhos estrangeiros <strong>no</strong> país, que ainda não aconteceu, mas que<br />

po<strong>de</strong> b<strong>em</strong> vir a acontecer. Esta última situação po<strong>de</strong>rá acontecer porque, <strong>em</strong> especial os <strong>Vinho</strong>s <strong>do</strong><br />

Novo Mun<strong>do</strong>, assim chama<strong>do</strong>s para ser<strong>em</strong> diferencia<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s produzi<strong>do</strong>s <strong>no</strong>s países europeus,<br />

países <strong>de</strong> tradição vitivinicola, são vinhos extr<strong>em</strong>amente fáceis <strong>de</strong> beber, a<strong>do</strong>cica<strong>do</strong>s e fruta<strong>do</strong>s, b<strong>em</strong><br />

ao gosto <strong>de</strong> um consumi<strong>do</strong>r com um palato pouco ensina<strong>do</strong>. Por ser<strong>em</strong> produzi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma massiva<br />

e industrial, com pouco recurso a mão-<strong>de</strong>-obra ating<strong>em</strong> preços muito baixos e como actualmente se<br />

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