Factores Críticos de Sucesso no Mercado do Vinho em Portugal e a ...
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vi.Formatos peque<strong>no</strong>s para refeições usuais (almoço, catering aeronáutico, etc.)<br />
O segmento <strong>do</strong>s formatos peque<strong>no</strong>s, garrafas ou vinho a copo com um volume <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />
20cl t<strong>em</strong> si<strong>do</strong> <strong>de</strong>scura<strong>do</strong> pelas <strong>em</strong>presas produtoras. Este formatos têm uma procura <strong>em</strong> restaurantes<br />
económicos, estilo restaurante <strong>de</strong> centro comercial, outros restaurantes, cantinas, <strong>no</strong> catering <strong>do</strong>s<br />
aviões, ou até mesmo <strong>em</strong> outros estabelecimentos que sirvam refeições ligeiras e t<strong>em</strong> si<strong>do</strong> um nicho,<br />
<strong>no</strong> qual a cerveja, especialmente e outras bebidas têm substítui<strong>do</strong> o vinho.<br />
7.Internacionalização<br />
7.1.Introdução<br />
A exportação <strong>de</strong> vinhos portugueses, como vimos <strong>no</strong> capítulo <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> à história <strong>do</strong> vinho<br />
t<strong>em</strong> si<strong>do</strong> uma constante e esta estratégia s<strong>em</strong>pre fez parte da estratégia <strong>de</strong> comercialização <strong>do</strong>s<br />
produtores portugueses e alvo <strong>de</strong> várias políticas governamentais. Ao longo da história foram vários<br />
os vinhos a ser<strong>em</strong> exporta<strong>do</strong>s, foram também vários os merca<strong>do</strong>s que receberam os <strong>no</strong>ssos<br />
produtos. No entanto, os ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> sucesso são poucos e com a excepção <strong>do</strong> vinho <strong>do</strong> Porto e <strong>do</strong><br />
Rosé poucos são os vinhos cuja percentag<strong>em</strong> exportada tenha algum significa<strong>do</strong>. Curiosamente, os<br />
<strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> vinho mais exporta<strong>do</strong>s não po<strong>de</strong>riam ser mais diferentes <strong>no</strong> que diz respeito ao valores<br />
intrínsecos <strong>de</strong> um e outro, com o vinho <strong>do</strong> Porto a ser um expoente <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> tradição e o<br />
vinho Rosé um ex<strong>em</strong>plo único <strong>de</strong> marketing b<strong>em</strong> sucedi<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> um vinho construí<strong>do</strong> para obter<br />
sucesso; é um vinho económico, é fácil <strong>de</strong> beber, é produzi<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma mo<strong>de</strong>rna e industrial, assim<br />
como também é comercializa<strong>do</strong>, com bastante publicida<strong>de</strong> e <strong>em</strong> garrafas que o distingu<strong>em</strong>. Mas<br />
estes <strong>do</strong>is vinhos também têm factores <strong>em</strong> comum <strong>no</strong> que toca ao seu sucesso além fronteiras,<br />
primeiro porque se distingu<strong>em</strong> <strong>do</strong>s outros produtos vínicos, tornan<strong>do</strong>-se únicos e <strong>de</strong>pois porque <strong>no</strong>s<br />
seus segmentos apostam na qualida<strong>de</strong> como factor principal, conquistan<strong>do</strong> assim um público fiel.<br />
Como já vimos, com o consumo <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> a <strong>de</strong>crescer e com a pressão <strong>de</strong> certos produtos<br />
substitutos é <strong>no</strong>rmal que as <strong>em</strong>presas portuguesas procur<strong>em</strong> escoar o produto que têm <strong>em</strong> excesso,<br />
por um la<strong>do</strong>, e por outro que procur<strong>em</strong> merca<strong>do</strong>s <strong>em</strong> que o seu produto seja mais valoriza<strong>do</strong>, ou seja<br />
que lhes permita retirar mais-valias acrescidas <strong>em</strong> relação ao merca<strong>do</strong> português. Se consultarmos<br />
qualquer produtor que exporta o seu produto ou até mesmo consultan<strong>do</strong> o relatório Porter, facilmente<br />
verificamos que vinhos portugueses <strong>de</strong> gama média são vendi<strong>do</strong>s <strong>no</strong> estrangeiro por mais <strong>de</strong> um<br />
terço ou mesmo por mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> seu valor <strong>do</strong> que seriam vendi<strong>do</strong>s <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> e mesmo<br />
assim <strong>em</strong> relação a vinhos <strong>de</strong> outros países, <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> similar, são vendi<strong>do</strong>s a um preço inferior.<br />
Tal acontece porque há vários probl<strong>em</strong>as estruturais na internacionalização <strong>do</strong>s vinhos portugueses,<br />
que não têm si<strong>do</strong> ultrapassa<strong>do</strong>s e que impe<strong>de</strong>m que os <strong>no</strong>sso vinhos tenham o sucesso que<br />
potencialmente <strong>de</strong>veriam ter.<br />
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