Factores Críticos de Sucesso no Mercado do Vinho em Portugal e a ...
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que na realida<strong>de</strong> o torna uma medida que permite a aproximação <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res com o produto.<br />
Esta forma mais acessível <strong>de</strong> consumo permitirá que os consumi<strong>do</strong>res e <strong>em</strong> especial, os me<strong>no</strong>s<br />
frequentes e também mais jovens, experiment<strong>em</strong> e assim possam cultivar o gosto pelo vinho, que<br />
t<strong>em</strong> a ver com o terceiro FCS, com a dificulda<strong>de</strong> que os consumi<strong>do</strong>res têm <strong>em</strong> conseguir apreciar o<br />
vinho porque o acham um produto muito complexo e até elitista ou então <strong>de</strong>masia<strong>do</strong> especial e<br />
apenas para ocasiões especiais. Quanto ao segun<strong>do</strong> FCS: melhorar os aspectos <strong>do</strong> Marketing passa<br />
também por estar atento a estes consumi<strong>do</strong>res me<strong>no</strong>s frequentes que precisam <strong>de</strong> ser estimula<strong>do</strong>s<br />
ao consumo, não só através <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, mas sobretu<strong>do</strong> através <strong>de</strong> esforços <strong>de</strong> promoção e <strong>de</strong><br />
estratégias <strong>de</strong> comercialização e distribuição muito foca<strong>do</strong>s <strong>no</strong> consumi<strong>do</strong>r, ten<strong>do</strong> <strong>em</strong> mente as suas<br />
necessida<strong>de</strong>s e as suas características. Repare-se que tanto a disponibilização <strong>de</strong> vinho-a-copo,<br />
como o melhoramento <strong>do</strong> serviço <strong>de</strong> vinho num restaurante são questões <strong>de</strong> marketing.<br />
3.Discussão sobre <strong>Factores</strong> Criticos <strong>de</strong> <strong>Sucesso</strong> propostos<br />
FCS 1. - Estimular o acesso a vinho a copo<br />
Em <strong>Portugal</strong>, durante muito a<strong>no</strong>s, <strong>em</strong>bora a comercialização <strong>de</strong> vinho-a-copo fosse algo<br />
corrente, tanto <strong>em</strong> restaurantes mais económicos, como <strong>em</strong> tabernas, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à comercialização <strong>em</strong><br />
gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vinho-a-granel, que era comercializa<strong>do</strong> <strong>em</strong> pipas, nunca foi uma prática <strong>no</strong>utro<br />
tipo <strong>de</strong> estabelecimento ou como <strong>em</strong> muitos outros países estrangeiros, <strong>em</strong> que aí, o corrente é<br />
vermos vinho <strong>de</strong> garrafa a ser vendi<strong>do</strong> a copo, haven<strong>do</strong> <strong>em</strong> muitos casos a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolha<br />
entre vários tipos <strong>de</strong> vinho, que tanto po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> média, como até <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> média-<br />
alta, porque há merca<strong>do</strong> para o vinho-a-copo e quase não há risco <strong>de</strong> não se ven<strong>de</strong>r a totalida<strong>de</strong> da<br />
garrafa ou esse risco está coberto pelo preço unitário mais eleva<strong>do</strong> <strong>do</strong> vinho-a-copo. Esta prática é<br />
tanto corrente, que aliás <strong>em</strong> sítios <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s ao vinho, como bares <strong>de</strong> vinho, e<strong>no</strong>tecas, etc, a<br />
disponibilização <strong>de</strong> vinho-a-copo é essencial, porque o objectivo <strong>de</strong>stes sitios é o <strong>de</strong> se conhecer<br />
vários vinhos.<br />
É <strong>de</strong>ste <strong>no</strong>vo paradigma <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> vinho-a-copo que os consumi<strong>do</strong>res entrevista<strong>do</strong>s<br />
falam e não tanto da imag<strong>em</strong> tradicional <strong>do</strong> vinho que sai da pipa. A maioria <strong>do</strong>s inquiri<strong>do</strong>s que<br />
referiram o vinho-a-copo, fizeram-<strong>no</strong> ao ser<strong>em</strong> questiona<strong>do</strong>s sobre o que gostariam <strong>de</strong> ver muda<strong>do</strong><br />
<strong>no</strong> consumo <strong>do</strong> vinho. Associam o vinho-a-copo a uma forma <strong>de</strong> consumo mais económica nalguns<br />
casos, porque não é necessário comprar uma garrafa inteira, outras vezes porque é uma forma<br />
prática, porque não é necessário beber uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e a propósito disso, apenas um<br />
inquiri<strong>do</strong> referiu a questão das restrições <strong>do</strong> consumo e da condução, outros ainda associam o vinho-<br />
a-copo como uma possibilida<strong>de</strong> para o vinho se tornar uma bebida social, mas acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> refer<strong>em</strong><br />
o vinho-a-copo como uma forma <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<strong>em</strong> experimentar mais vinhos e assim po<strong>de</strong>r<strong>em</strong> apren<strong>de</strong>r a<br />
apreciar vinho. E isso é um ponto muito interessante, porque a maioria <strong>do</strong>s inquiri<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong><br />
confronta<strong>do</strong>s com aromas, paladares, castas e vinhos, refer<strong>em</strong> que não têm sensibilida<strong>de</strong> ou não<br />
sab<strong>em</strong> apreciar vinho porque raras vezes provaram numa ocasião mais que um vinho que lhes<br />
permitisse ter uma referência ou fazer uma distinção <strong>do</strong> que realmente gostam.<br />
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