SESSÃO: Ordinária - Câmara dos Deputados

CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL
Número Sessão: 239.3.51.O Tipo: Ordinária - CD
Data: 14/11/01 Montagem: Neusinha
parlamentares. Seria uma forma, inclusive, de aprender a lidar com a máquina
administrativa e a “dominar o monstro”. Isso resultou, de fato, no enfraquecimento
das lutas sociais e na formação de uma burocracia até certo ponto autoritária e
deslumbrada com o prestígio e o poder. Se, de um lado, somos cada vez mais
capazes de “dominar o monstro”, de outro, muitos problemas novos são
introduzidos, com os quais não temos familiaridade, mas que fazem parte do
processo político.
Assim, acredito que seja urgente a busca do equilíbrio — equilíbrio dinâmico
— entre seu crescimento institucional e sua presença organizada nos movimentos
sociais. É necessário que se faça um levantamento completo da situação dos
movimentos sociais no Acre e se definam as prioridades do partido. Respeitar, criar
condições para o avanço das lutas sociais e valorizar esse tipo de engajamento.
Terceiro, diálogo construtivo que envolva partido, administrações e mandatos
parlamentares. Quando estamos fora da administração, nossa luta se direciona para
a conquista de Governos. Quando ganhamos, a administração tende a absorver
uma quantidade razoável dos dirigentes. Em função da dinâmica administrativa, ela
tende a se autonomizar do partido e só o busca quando é para resolver problemas
da administração ou nos períodos eleitorais. Nessa relação, o partido está num
plano secundário e pouco tem a dizer ou fazer. Esse fato gera muitas crises e
introduz o descontentamento, a decepção, o ceticismo. Doutra parte, os mandatos
parlamentares, expressão visível e pública da política petista, notadamente do
projeto estratégico, devem estar em plena sintonia com as instâncias partidárias,
manifestando uma concepção de que o mandato é também do partido. Mandatos
isolados, com projetos individuais correndo por fora, buscando o PT apenas como
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