SESSÃO: Ordinária - Câmara dos Deputados
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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL<br />
Número Sessão: 239.3.51.O Tipo: <strong>Ordinária</strong> - CD<br />
Data: 14/11/01 Montagem: Neusinha<br />
a vida vítimas de acidentes de trabalho. Cito eletricistas que foram eletrocuta<strong>dos</strong> em<br />
março de 1997, agosto de 1978, agosto e novembro de 1980, julho de 1981, junho<br />
e novembro de 1982, junho de 1983, dezembro de 1984 e junho de 1989.<br />
Outros acidentes, como queimaduras de segundo e terceiro graus,<br />
aconteceram em julho de 2001, quando seis operários foram queima<strong>dos</strong> com arco<br />
voltaico. Mais mutilações vêm ocorrendo, conforme os próprios relatórios da<br />
empresa.<br />
Ainda assim, a ALUMAR recusa-se a desembolsar a quantia de R$12 milhões<br />
para pagamento do adicional de periculosidade a 257 eletricistas e instrumentistas<br />
que trabalharam na empresa até 1997 e até hoje esperam decisão da Justiça.<br />
A gigantesca empresa trava batalha judicial para não pagar adicional de<br />
periculosidade previsto na Lei nº 7.369, de 1985, e na CLT. A empresa manobra,<br />
pressiona e chantageia desde 1989, quando o SINDMETAL ingressou com ação<br />
judicial para cobrar adicional de periculosidade de 30% para eletricistas e<br />
instrumentistas da empresa. Na 1ª e 2ª Instâncias da Justiça do Trabalho, a<br />
ALUMAR perdeu a causa. Inconformada com o resultado, recorreu ao Tribunal<br />
Superior do Trabalho, ao mesmo tempo em que iniciou processo de coação aos<br />
trabalhadores envolvi<strong>dos</strong> na ação.<br />
Ameaça<strong>dos</strong> de demissão, embora não tendo surtido efeito no primeiro<br />
momento, passou a empresa a propor a troca <strong>dos</strong> 50 mil reais devi<strong>dos</strong> a cada<br />
trabalhador por somente 5 mil reais. Assim, a empresa garantiria a aqueles<br />
operários que aceitassem receber somente 5 mil a manutenção do emprego.<br />
Alguns trabalhadores, pressiona<strong>dos</strong> e coagi<strong>dos</strong>, assinaram, outros não o<br />
fizeram. Os que não assinaram, foram imediatamente demiti<strong>dos</strong> pela ALUMAR. Com<br />
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