Tópicos de Geometria - CMUP
Tópicos de Geometria - CMUP
Tópicos de Geometria - CMUP
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
D n ,mostraqueD 3 é naturalmente isomorfo ao grupo das permutações dos vértices do<br />
triângulo que é o grupo simétrico S 3 . O grupo D 4 , também chamado grupo óctico éum<br />
dostrêsgrupos(amenos<strong>de</strong>isomorfismo...) não abelianos com oito elementos. D 5 éúnico<br />
(amenos<strong>de</strong>isomorfismo...) grupo não abeliano <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m 10.<br />
Exercício 66 Descreva os elementos <strong>de</strong> D 3 , D 4 e D 5 ,emtermos<strong>de</strong>reflexões e rotações<br />
<strong>de</strong> I(R 2 ) e exprima-os como produtos dos dois geradores, ρ e σ. I<strong>de</strong>ntifique em D 3 ' S 3<br />
o (sub)grupo alterno, A 3 .Determineoscentros<strong>de</strong>stesgruposdiedrais.<br />
5.2 Grupos finitos<strong>de</strong>isometriasdoplano<br />
O que é interessante é que os dois tipos <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> simetria dos polígonos esgotam os<br />
possíveis tipos <strong>de</strong> subgrupos finitos <strong>de</strong> I(R 2 ). É isso que afirma o teorema <strong>de</strong> Leonardo<br />
(da Vinci: ver [4, §8.2]):<br />
Teorema 67 (Leonardo) Todo o subgrupo finito <strong>de</strong> I(R 2 ) é cíclico ou diedral.<br />
Prova. Seja G ∙ I(R 2 ), finito e seja a 2 R 2 , arbitrário. A órbita <strong>de</strong> a, Orb(a) =<br />
Ga = fga : g 2 Gg, é finito, digamos com n elementos; seja c = P 1<br />
g∈G<br />
ga ocentroi<strong>de</strong><br />
dos n pontos da órbita. Dado g 2 G, arbitrário,comog sendo isometria é apli-<br />
n<br />
cação afim, respeita a combinação linear anterior; mas como, por <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> órbita,<br />
g(Orb(a)) = Orb(a), temosqueg(c) =c, istoé,c é fixado por todas as isometrias <strong>de</strong> G.<br />
Da classificação das isometrias sabemos que se g(c) =c, entãog éumarotaçãoemtorno<br />
<strong>de</strong> c ou uma reflexão numa recta por c. O subgrupo <strong>de</strong> G das isometrias directas, G d ,<br />
consiste então num número finito <strong>de</strong> rotações <strong>de</strong> centro c. ÉfácilprovarqueG d écíclico,<br />
gerado pela rotação ρ <strong>de</strong> menor ângulo: G d = hρi = fρ, ρ 2 , ..., ρ n =1g. SeG = G d ' C n<br />
então G é cíclico; caso contrário contém m reflexõesemrectasporc; sejaσ uma <strong>de</strong>ssas<br />
reflexões: é fácil ver que n = m e portanto que ρ e σ geram G, istoé,G ' D n .<br />
Exercício 68 Complete os <strong>de</strong>talhes da prova anterior, mostrando que G d écíclicoejustificandoaúltimaafirmação.<br />
O exercício seguinte dá um argumento alternativo ao do centroi<strong>de</strong> da prova anterior,<br />
paraaexistênciadopontofixo c.<br />
Exercício 69 Seja G ∙ I(R 2 ). Mostre que G éinfinito se contém uma rotação (não<br />
trivial) em torno <strong>de</strong> um ponto a eumareflexão R l tal que a/2 l. Mostre então que G é<br />
infinito se contém reflexõesemtrêsrectasnãoconcorrentes. ConcluaqueseG é finito,<br />
então existe um ponto fixo por todas as isometrias <strong>de</strong> G.<br />
5.2.1 Exercícios <strong>de</strong> revisão e aplicação...<br />
1. Diga se as seguintes afirmações sobre subgrupos <strong>de</strong> I(R 2 ) são ou não verda<strong>de</strong>iras:<br />
(a) Um grupo que <strong>de</strong> isometrias com or<strong>de</strong>m 35 tem <strong>de</strong> ser cíclico.<br />
(b) Todo o grupo <strong>de</strong> isometrias finito é grupo <strong>de</strong> simetria <strong>de</strong> algum polígono.<br />
27