Tópicos de Geometria - CMUP
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Q 2<br />
P 2<br />
R 2<br />
R 1<br />
Q 1<br />
Q=Q 0<br />
P<br />
R<br />
Q p-1<br />
P 1<br />
As imagens <strong>de</strong> R são os pontos médios das arestas <strong>de</strong>sse polígono: a imagem do plano<br />
H , e em particular <strong>de</strong> Q, pela rotação α −1 = R J R H é R J R H (H) =R J (H) ou seja, é<br />
dada pela reflexão no plano J; comooplanoL é perpendicular a J (porque, como vimos,<br />
r =2) ele é enviado em si mesmo por R J : R éportantoopontomédiodaarestaQQ p−1 .<br />
Em qualquer dos cinco casos, a existência dos sólidos platónicos inscritos na esfera, e<br />
a estrutura dos seus grupos <strong>de</strong> rotação, implica que as rotações em torno <strong>de</strong> Ã! 0Q enviam<br />
aquele p-polígono em q polígonos com vértice Q econtinuandoarodaremtorno<strong>de</strong>outros<br />
vértices <strong>de</strong>stes polígonos obtemos uma pavimentação da esfera por p-polígonos, cujos<br />
vértices são os do correspon<strong>de</strong>nte sólido platónico inscrito (os centros, sucessivas imagens<br />
<strong>de</strong> P , são os vértices do sólido dual); pela escolha <strong>de</strong> P e Q à distância mínima, estes<br />
vértices e centros são todos os pólos <strong>de</strong> rotações <strong>de</strong> G <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m maior ou igual a três; os<br />
pontos médios das arestas, sucessivas imagens <strong>de</strong> R, são pólos <strong>de</strong> rotações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m dois<br />
(meios-giros): temos assim todas as rotações do sólido platónico construído.<br />
Vejamos agora que G não contém <strong>de</strong> facto mais nenhuma rotação : se contivesse seria<br />
um meio-giro γ cujo pólo, digamos S, estaria ou no interior <strong>de</strong> uma das arestas, mas<br />
diferente do ponto médio (um dos <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> R) ou no interior <strong>de</strong> um dos polígonos,<br />
mas diferente do centro. Seja Q o vértice mais perto <strong>de</strong> S e P ocentrodopolígono:<br />
usando a notação anterior para α e β relativamente a P e Q, teríamosqueγβ seria uma<br />
rotação <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m q com o pólo γ(Q) mais perto <strong>de</strong> P do que Q, o que contraria a escolha<br />
<strong>de</strong> P e Q a distância mínima, excepto se acontecesse γ(Q) =P ,casoemqueS seria<br />
opontomédio<strong>de</strong>PQ; mas neste caso teríamos que βγ(P )=Q ecomonenhumadas<br />
rotações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m maior do que dois envia P em Q, βγ seria um meio-giro e portanto<br />
βγ = γ logo β = id o que é absurdo.<br />
Provámos assim o seguinte teorema:<br />
Teorema 122 Seja G um grupo finito <strong>de</strong> rotações <strong>de</strong> R 3 .EntãoG é cíclico, diedral, ou<br />
um grupo <strong>de</strong> rotações <strong>de</strong> um sólido platónico.‘<br />
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