Tópicos de Geometria - CMUP
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(b) A isometria R(l, α)I a éumareflexão <strong>de</strong>slizante sse a /2 l.<br />
(c) Uma rotação R(l, α) <strong>de</strong>ixa invariante o plano H sse l ? H.<br />
(d) Todaaisometriaéproduto<strong>de</strong>isometrias<strong>de</strong>or<strong>de</strong>m4.<br />
12. Porque é que um espelho trocadireitaeesquerdamasnãotopoebase?<br />
7 Quaterniões e rotações<br />
Entre as isometrias <strong>de</strong> R 3 as rotações têm especial importância: como vimos, todas as<br />
isometrias directas se po<strong>de</strong>m obter como produto <strong>de</strong> rotações; para além disso são essenciais<br />
em certas <strong>de</strong>scrições da Física. As rotações estão intimamente ligadas à estrutura<br />
algébrica dos quaterniões, H (<strong>de</strong> Hamilton, seu inventor -16/10/1843, embora se saiba que<br />
Gauss já teria <strong>de</strong>scoberto esta estrutura em 1820...). Os quaterniões têm, por isso, muitas<br />
aplicações, em particular em aplicações computacionais para realida<strong>de</strong> virtual (ver [8]).<br />
Recor<strong>de</strong>-se que se f é uma isometria directa <strong>de</strong> R 3 tal que f(0) = 0, então f é<br />
uma rotação e f 2 SO(3): as isometrias directas que fixam a origem são precisamente<br />
as rotações, que constituem o grupo SO(3). Já vimos que toda a rotação tem um eixo;<br />
po<strong>de</strong>mos ver <strong>de</strong> novo esse facto, verificando que se M ématriz<strong>de</strong>f 2 SO(3) (relativamente<br />
a uma qualquer base ortonormada), isto é, M é ortogonal e <strong>de</strong>t(M) =+1,entãoλ =+1é<br />
valor próprio <strong>de</strong> M eportantoosvectores próprios associados ficam fixos, Mv = λv = v,<br />
constituindo um eixo. Vejamos: como M −1 = M t ,temos<br />
<strong>de</strong>t(M ¡ I) = <strong>de</strong>t(M ¡ I)<strong>de</strong>tM t = <strong>de</strong>t((M ¡ I)M t )<br />
= <strong>de</strong>t(I ¡ M t )=<strong>de</strong>t(I ¡ M) t =<strong>de</strong>t(I ¡ M)<br />
= ¡ <strong>de</strong>t(M ¡ I)<br />
(Como <strong>de</strong>t(¡A) =(¡1) n <strong>de</strong>t A e neste caso n =3, temos a última igualda<strong>de</strong>) Então<br />
<strong>de</strong>t(M ¡ I) =0, ou seja, λ =+1é valor próprio.<br />
Seja f 2 SO(3) e seja a um vector unitário tal que fa = a (a é portanto um vector<br />
próprio, gerador do eixo da rotação). Se escolhermos uma base ortonormal fa, b, cg a<br />
matriz relativamente a esta base será<br />
2<br />
3<br />
1 0 0<br />
4 0 cosθ ¡ sin θ 5<br />
sin θ cos θ<br />
em que θ é o ângulo <strong>de</strong> rotação.<br />
Nota: É claro que po<strong>de</strong>mos fazer algo análogo para o caso <strong>de</strong> f 2 O(3) ser uma<br />
reflexão rotativa, a única diferença sendo um ¡1 em vez do 1 na matriz anterior.<br />
Vejamos, com um exemplo, como se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar o eixo e ângulo <strong>de</strong> rotação <strong>de</strong><br />
uma rotação, encontrando uma representação matricial nesta forma.<br />
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