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102 Tabela 3: Resultados dos ensaios de compressão axial. IDADE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO (MPa) 3 36,49 7 52,31 14 64,58 8.2 ENSAIO DE ABSORÇÃO CAPILAR A propriedade que caracteriza a quantidade de água absorvida pelos vasos capilares do concreto é um fator que deve ser conhecido por quem o utiliza, pois define a possibilidade de umidade ascendente no concreto. O corpo de prova ensaiado possuía 7 dias de idade e apresentou uma absorção de água por capilaridade de 0,022 g/cm². 9 OBRAS DE BELÉM Sendo nossa região possuidora de condições climáticas adversas, onde se criam sistematicamente e de forma intermitente gradientes térmicos que provocam deformações pelos esforços de tração de origem térmica, assim como também possui-se materiais agregados naturais potencialmente nativos já comprovados em ensaios realizados em laboratório da ABCP e L.A. Falcão Bauer, cuja reação álcali-agregado se processa na presença de água, e é minimizada ou inibida pela ação pozolânica na fixação de cal. O metacaulim e a sílica ativa funcionam como pozolanas altamente nativas, de sorte que a sua aplicação permite substituição do cimento, fazendo com que o calor de hidratação seja reduzido, a reação álcali-agregado seja inibida, as resistências sejam aumentadas e a porosidade reduzida. Isto conduz à execução de estruturas mais econômicas, mais duráveis e sustentáveis. Pelas características discutidas, espera-se que sua utilização pela construção civil paraense, seja o mais breve possível, para que as obras possam ter mais tempo de vida útil. 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS • Demonstra-se que é viável executar CPR com materiais de Belém; • O uso de empacotamento granulométrico reduz substancialmente a porosidade do concreto; • Esta metodologia nos permite chegar a resistências nunca antes alcançadas na região; • O uso de superplastificantes permite produzir concretos plásticos, apesar da relação água/cimento da ordem de 0,25; • O uso das pozolanas é imprescindível para se obter um concreto altamente resistente, durável, econômico e sustentável. Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 85-103, jun. 2010
103 REFERÊNCIAS AÏTCIN, P. C. Hight – performance concrete London, New York: E. & f. n. Spon, 1998. ANDRADE T. Concreto de alto desempenho. Revista O Construtor. 3. ed., ano: 2005, disponível em: http://www.sindusconpe.com.br/aerQualidade/ concreto%20%de20%alto%20 BARATA, M. Concreto de alto desempenho no estado do Pará. UFRGS, 2002. HELENE, P; TERZIAN, P. Manual de dosagem e controle do concreto. São Paulo: Ed. Pini, 2004. LOTURCO, B. Misturas plásticas. Revista Téchne. Ed. Pini. Ed. 125, ago. 2007. MEHTA, P.; MONTEIRO, P. Concreto: microestrutura, propriedades e materiais. São Paulo-SP: Ed. Ibracon, 2008. MIRA, M. A. S.; FONSECA, R. S. Aplicação de metacaulim em microconcreto de estacas moldadas in loco. UNAMA, 2008. VANDERLEI, R. Análise experimental do concreto de pós reativos: dosagem e propriedades mecânicas. USP, 2004. Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 85-103, jun. 2010
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