C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2011\EDI - Unama

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154 Com relação às características escolares escolhemos as variáveis que analisam a formação professor, e a preocupação com seu aperfeiçoamento didático-pedagógico medido pela variável formação continuada. Foram ainda analisadas as variáveis relativas à infraestrutura da escola e seus equipamentos disponíveis como, a existência de projeto pedagógico na escola, o número de computadores, a existência de biblioteca, e dos seguintes aparelhos: televisão, aparelho de som, aparelho de vídeo, e antena parabólica. A etapa inicial de avaliação foi desenvolvida a partir dos resultados encontrados para as estatísticas descritivas de cada uma das variáveis utilizadas na pesquisa, envolvendo as seguintes medidas: menor valor, maior valor, média, quartil1, quartil3 e desvio padrão. Tabelas de distribuição de frequências da proficiência serão geradas como forma de comparar a distribuição das notas em cada região. Como forma de verificar se há diferenças significativas entre as médias obtidas para cada uma das regiões, aplica-se o teste estatístico t para testar a hipótese nula de que as médias são iguais, Para avaliar o efeito de cada um dos fatores ligados às diferentes dimensões do estudo, sobre o desempenho dos alunos, foi especificado o modelo de regressão linear múltipla abaixo: valores de X se referem às variáveis explicativas listadas no Quadro 1 e os parâmetros betas são os parâmetros a serem estimados. A equação de regressão acima será estimada utilizando-se o Método de Mínimos Quadrados ponderados, em decorrência da disponibilidade do peso de cada aluno na amostra disponível na base de dados do SAEB/2005. Para verificar se os coeficientes da regressão da proficiência, com base nos dados das subamostras referentes às regiões Sudeste e Norte, são estatisticamente diferentes aplicou-se o teste de Chow aos dados. 4 RESULTADOS O resultado encontrado para o teste t de diferença das médias da proficiência de Matemática na 4ª série do Ensino Fundamental para as Regiões Norte e Sudeste mostra que há evidência estatística em nível de significância de 1,0% de probabilidade para rejeitar a hipótese de que as médias são iguais. Tais diferenças expressam as desigualdades existentes entre os sistemas de ensino nessas regiões cuja origem pode estar relacionada a fatores ligados ao desempenho escolar, como as variáveis listadas no quadro 1. Os resultados do SAEB para o ano de 2005 mostraram que a Região Sudeste apresentou proficiência média em Matemática superior à obtida pela Região Norte, 207,71 e 175,88 pontos, respectivamente, para a 4ª série do Ensino Fundamental. Sendo a diferença absoluta da nota média entre as Regiões de 32,83 pontos (tabela 1). Dentre os estados da Região Sudeste, em 2005, Minas Gerais obteve a melhor nota, 218,24 pontos de proficiência média, maior que o observado para a própria Região Sudeste e inclusive para o estado São Paulo, que obteve média de 199,60 pontos, sendo Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 147-166, jun. 2010
155 esta a menor proficiência média da Região Sudeste. Os estados do Espírito Santo, e do Rio de Janeiro tiveram desempenhos médios, respectivamente, de 200,22 e 205,62 pontos. Tabela 1: Distribuição da proficiência em Matemática dos alunos da 4ª série do Ensino Fundamental para os estados das Regiões Norte e Sudeste, em 2005. Fonte: Inep Elaboração e cálculos: autores do trabalho Analisando-se os dados para a Região Norte, em 2005, Rondônia obteve a melhor nota, apresentando uma proficiência média de 181,39. Porém, a nota de Rondônia ficou abaixo da apresentada pelo estado de São Paulo. O estado do Amapá obteve o pior desempenho da Região Norte, pois apresentou uma média de 162,60 pontos de proficiência. O estado do Pará obteve proficiência média em Matemática de 178,19. A amplitude interquartílica para Região Norte foi de 56,45 pontos, abaixo da observada para a Região Sudeste de 76,57. Esse resultado mostra a dispersão das notas centrais. A amplitude total das notas para as Regiões Norte e Sudeste foi de 288,39 e 303,84 pontos, respectivamente. Esses resultados mostram haver maior dispersão das notas na Região Sudeste, ou seja, menos equidade no resultado do teste, no entanto, a Região Norte apresenta menor dispersão para resultados abaixo dos encontrados para a Região Sudeste. As informações retiradas dos microdados do SAEB, em 2005, apontam que nas Regiões Norte e Sudeste a porcentagem de estudantes do sexo masculino e feminino é de aproximadamente 50% em ambas as Regiões (48,42% e 51,57%, respectivamente, nas Regiões Norte e Sudeste), já a porcentagem de estudantes que se declararam da cor ou raça branca é muito maior entre os estudantes da Região Sudeste, 42,84%, comparada à Região Norte, que apresenta um percentual de 29,25% de brancos (tabela 3). Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 147-166, jun. 2010
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