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C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2011\EDI - Unama

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1 INTRODUÇÃO<br />

Segundo Juran apud Helene & Terzian (2004) o conceito de qualidade é a adequação<br />

a determinado uso. Este conceito mudou ao longo do tempo: entre as décadas<br />

de 50 e 60, qualidade era considerada um luxo e, a partir da década de 90, uma questão<br />

de competitividade e sobrevivência, que no âmbito da engenharia civil é entendida<br />

como ser uma estrutura resistente, funcional, durável, habitável e econômica.<br />

Dentre os vários meios de atingir este objetivo as construtoras investem na<br />

tecnologia. O controle rígido do processo construtivo e a qualidade dos materiais empregados<br />

é, sem dúvida, o melhor caminho para a qualidade.<br />

Para melhorar a resistência, qualidade e durabilidade de estruturas de concreto<br />

é comum o uso de aditivos e adições. Estes podem ser para conferir maior fluidez e<br />

trabalhabilidade, ou melhorar as características no estado endurecido, como diminuir a<br />

porosidade do concreto, tornando-o menos poroso e permeável a líquidos e gases que<br />

penetram (lei de Darcy) e causam corrosão das armaduras, ou ainda permitindo substituir<br />

percentagens de cimento por adições, diminuindo assim não só a utilização de<br />

recursos não renováveis como a poluição atmosférica durante a fabricação do cimento<br />

(MIRA e FONSECA, 2008).<br />

Apesar de ser o insumo de maior consumo na engenharia, os concretos sempre<br />

apresentaram como característica negativa baixa resistência. No decorrer dos anos pesquisas<br />

foram realizadas para chegar-se ao elevado desempenho com pastas cimentícias,<br />

principalmente após a 2º Guerra Mundial. Na década 60 resistências da ordem de 650<br />

MPa foram conseguidas acelerando-se a cura (VAN<strong>DE</strong>RLEI, 2004).<br />

A obtenção de resistências cada vez mais elevadas do concreto traz benefícios<br />

em diversas áreas da sociedade, como econômicos, ecológicos e até mesmo com melhor<br />

aproveitamento e utilização de espaço, uma vez que elementos estruturais com<br />

características mecânicas mais elevadas requerem menores dimensões para determinadas<br />

cargas.<br />

Para atingir elevada resistência mecânica, dentre outras características, uma<br />

das possibilidades é o elevado consumo de cimento. Contudo tal alternativa, além de<br />

consumir matérias-primas não renováveis (calcário e argila), e melhorar as propriedades<br />

no estado fresco, acaba se tornando uma desvantagem. A temperatura ambiente é<br />

um fator incontrolável e devido a reação exotérmica de hidratação do cimento ocorrem<br />

problemas como a retração plástica. Durante o processo de cura surgem fissuras patológicas,<br />

diminuindo assim, a vida útil da estrutura.<br />

Logo, o antigo concreto de baixo desempenho abriu espaço para o concreto de<br />

alta resistência, e posteriormente, para o concreto de alto desempenho, que atualmente<br />

desperta para uma tecnologia avançada que é o concreto de pós reativos – CPR,<br />

que tem como conceito básico os concretos em cuja formulação são usados partículas<br />

que possuam um diâmetro máximo menor que 2mm, e que estão sendo pesquisados<br />

para utilização em concretos estruturais (VAN<strong>DE</strong>RLEI, 2004). A mistura endurecida com<br />

esta formulação é caracterizada por apresentar elevadas resistências à compressão axial,<br />

tração, flexão e tenacidade quando forem adicionados materiais fibrosos.<br />

Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 85-103, jun. 2010

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