C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2011\EDI - Unama
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recurso pela escola. Já a existência de aparelho de som afeta positivamente o<br />
desempenho em Matemática dos estudantes da Região Sudeste, elevando a proficiência<br />
4,23 pontos mais. A existência de antena parabólica na escola também não se mostrou<br />
significativa ao explicar o desempenho dos estudantes em Matemática, tanto na Região<br />
Norte como na Região Sudeste.<br />
A existência na escola de aparelhos de vídeo (DVD, vídeocassete) se mostrou<br />
significativa, e está positivamente relacionada à proficiência em Matemática dos alunos<br />
da 4ª série do Ensino Fundamental nas Regiões Norte e Sudeste. Na Região Norte tal<br />
fato eleva consideravelmente a proficiência em Matemática (10,89 pontos). Na Região<br />
Sudeste esse aumento atinge 12,51 pontos de proficiência.<br />
Barbosa e Fernandes (2001) constatam que, feito o controle do modelo por nível<br />
socioeconômico, as variáveis relativas à infraestrutura e equipamentos escolares,<br />
formado pelos fatores de conservação do prédio, condições de funcionamento dos<br />
espaços laboratoriais e de apoio, mobiliário e equipamentos, instalações, áreas externas<br />
e de recreação, tem forte impacto na proficiência dos alunos e explicam 54% das<br />
variações entre as escolas<br />
A existência na escola de biblioteca para utilização dos alunos foi bastante<br />
significante, ao nível de 1%, apenas na Região Sudeste, elevando a proficiência dos<br />
alunos que estudam em escolas com biblioteca em 4,23 pontos. Na Região Norte esta<br />
mesma variável ainda pode ser considerada significante, entretanto em nível de<br />
significância baixo (15%), e ainda pouco acrescentado à proficiência, 1,32 ponto a mais<br />
de proficiência em Matemática.<br />
Seria interessante constar nos questionários do SAEB uma pergunta a respeito<br />
da utilização da biblioteca pelo aluno, com intuito de verificar melhor a relação da<br />
existência de biblioteca na escola com o desempenho escolar. Biondi e Felício (2007)<br />
também obtêm evidências fracas sobre a relação da biblioteca com o desempenho em<br />
Matemática, sendo essa relação positiva e significativa apenas pelo Método de Mínimos<br />
Quadrados Ordinários.<br />
Com relação à localização da escola, o estado do Pará foi tomado como base de<br />
comparação entre os estados da Região Norte, e na Região Sudeste foi tomado como base<br />
de comparação o estado de São Paulo. Os resultados obtidos pelas equações de desempenho<br />
em Matemática para a Região Norte indicam, com significância de 10%, que os estudantes<br />
dos estados do Amazonas e do Acre elevam suas proficiências em cerca, respectivamente,<br />
de 1,95 e 3,37 pontos maior que no estado do Pará. O estado de Rondônia, com significância<br />
de 5%, eleva sua proficiência 3,64 pontos mais que no estado do Pará. Os estados do Amapá,<br />
Roraima e Tocantins apresentaram pouca significância em explicar o desempenho em<br />
Matemática dos alunos da 4ª série do Ensino Fundamental para a Região Norte.<br />
Os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, e Minas Gerais apresentaram<br />
coeficientes positivos e elevados, ou seja, o aluno que estudar em um desses estados<br />
eleva consideravelmente sua proficiência quanto comparada com o estado de São Paulo;<br />
em termos absolutos os coeficientes de aumento do desempenho são de 11,3; 8,52;<br />
17,6 pontos, respectivamente, para os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, e Minas<br />
Gerais. Fato esperado, pois o estado de São Paulo obteve a menor desempenho médio<br />
da Região Sudeste.<br />
Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 147-166, jun. 2010