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Tabela 5: Características do esgoto sanitário da ETE-Sideral.Tapanã, Belém
OBS: Dados avaliados durante o período de 20/09/2007 a 24/11/2008. * Considerado valor médio
Fonte: Mendonça et al. (2008)
Os resultados da tabela 4 tomados como referência indicam que a composição
do esgoto sanitário da ETE AIB apresenta características de esgoto médio a forte considerando-se
as variáveis de DQO, SST, N-amoniacal, P e E-coli enquadram-se respectivamente
médio, médio, extra-forte, fraco e forte.
Considerando-se os valores médios de DQO: N-amonacal: P (tabela 1 e 2) a
relação para os períodos seco e chuvoso do esgoto sanitário da ETE AIB foram, respectivamente,
100: 17,6:1,2 e 100: 22,9: 1,5. Avaliando-se as relações de DQO:N-amoniacal:P
e considerando-se DQO»DBO e N-amoniacal»NTK , ao se comparar com a relação DBO/
N/P de 100:5:1 para tratamento aeróbio constata-se que a mesma apresenta balanço
nutricional adequado para esse tipo de tratamento.
E no caso de tratamento anaeróbio a relação teórica citada na literatura especializada
(CHERNICHARO, 2007) é de 350:5:1 para DQO:N:P, que quando comparado com
os valores dessas variáveis para o esgoto da ETE AIB obtém-se em média as seguintes
relações 350:61,6:4,2 (período seco) e de 350:80,1:5,2 (período chuvoso), denotando
assim a possibilidade dessa água residuária em ser tratada por processo anaeróbio.
Ainda pode-se verificar com relação a DQO:N-amoniacal:P do esgoto sanitário
da ETE AIB que esses valores quando confrontados com os de esgoto sanitário da ETE
Sideral (Tapanã-Belém) cuja voso de 100:20:1,5 (DQO:N:P), apresentam valores similares
ao de esgoto sanitário gerado no bairro do Tapanã pertencente a Belém (PA).
De acordo com os valores de p observados na tabela 3, cujos valores de p foram
sempre maiores que , verifica-se que não há evidências para rejeição da hipótese nula
(H0) com relação a N-amoniacal, P total, SST, SD, E-coli. Com base nessa avaliação podese
concluir que as características do esgoto bruto que chega a ETE AIB não apresentam
influências de contribuição de águas pluviais que ocorrem entre os períodos seco e
chuvoso. Provavelmente, esse fato deva-se a existência de um sistema de esgotamento
sanitário (rede coletora) com baixa contribuição de águas pluviais que no caso em
questão fora determinado considerando L igual a 515 m, o qual resulta em taxa de
infiltração de 0,0011 L/s.m, a qual é um dos fatores responsáveis pela alteração na
qualidade de esgoto.
Nas tabelas 6 e 7 é apresentado o resumo estatístico descritivo de carga hidráulica
e carga específica de poluentes do esgoto sanitário da ETE AIB nos períodos seco e
Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 55-69, jun. 2010