C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2011\EDI - Unama

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126 verão). Cada período compreendeu três viagens de quinze dias, sendo que entre uma viagem e outra houve intervalos de cinco dias (tabela 1). Tabela 1: Cronograma de viagens das coletas realizadas durante o período da pesquisa. Verão 1996 Inverno 1997 Verão 1997 Dia/Mês Dia/Mês Dia/Mês 08 a 22/08 07 a 21/03 08 a 22/08 28 a 31/08 27 a 31/03 28 a 31/08 01 a 11/09 01 a 10/04 01 a 11/09 17 a 30/09 16 a 30/04 17 a 30/09 01/10 01/10 A área de coleta abrangeu as latitudes 0º10’ S e 2º30’ N, e longitudes 47º50’ E a 50º30’ W. Toda a área foi dividida em quadrados, que foram considerados como unidades amostrais. Cada quadrado compreendia três minutos de latitude e longitude, ou aproximadamente nove milhas náuticas de lado. A área total de estudo apresentava 1.330 quadrados, ou aproximadamente 42.200 km 2 (tabela 2). Tabela 2: Área de coleta agrupada em categorias de estratos de profundidade (isóbatas) e quantidade de arrastos realizados durante o período de coleta. Esses quadrados foram agrupados em três categorias de estratos de profundidade: de cinco a dez metros, de 10 a 20m e de 20 a 50m. o Estrato mais raso agrupou 539 quadrados ou uma área de aproximadamente 17.200 km 2 . O estrato de profundidade intermediário, de 10 a 20m, não é contínuo, tendo uma parte pertencente ao canal dos rios e outra distribuída ao longo da costa, ambas agrupam 504 quadrados e uma área de 15.700 km 2 . O estrato mais profundo, de 20 a 50m, agrupou 287 quadrados e possuía em torno de 9.300 km 2 (tabela 2). As unidades amostrais foram sorteadas aleatoriamente por estratos de profundidade, sendo 55 quadrados para o estrato mais raso, 50 para o de profundidade intermediária e 15 o de maior profundidade. Em cada quadrado foi realizado apenas um arrasto e a locação deste foi determinada com auxílio de um GPS e de cartas náuticas, publicadas pela Marinha brasileira (cartas de n° 40, 200 e 300) (tabela 2). As espécies do gênero Arius coletadas foram identificadas e quantificadas nas embarcações. As coletas foram realizadas com duas embarcações da frota piramutabei- Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 123-132, jun. 2010
127 ra do estuário amazônico que arrastaram uma rede de fundo sem porta que coletou os indivíduos. As embarcações CRUSTAMAR 5 e MARILU apresentavam como características o número de registro: 7153 e 7392; marca e capacidade do motor principal: CUMMINS 375 HP E CUMMINS 350 HP; tonelagem total do barco: 99,364 e 74,988 tons; comprimento do barco: 22,00 e 22,45 metros; calado (profundidade): 2,28 e 2,30 metros; largura: 6,20 e 6,15 metros; tripulação: 7 e 7 pessoas; área de viagem: Costa Norte e Costa Norte, respectivamente. A velocidade de arrasto foi fixada entre dois a três nós, sempre contra a correnteza, no intervalo do nascer e pôr-do-sol, durante trinta minutos para cada estação, contando a partir do momento em que a rede chegava ao fundo. A distribuição espacial e sazonal das espécies estudadas foi analisada comparando a abundância absoluta em relação aos fatores estrato (5-10m, 10-20m e 20-50m) e estação do ano (verão 1996, inverno de 1997 e verão 1997). Utilizou-se o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis que compara a ordem das medianas (STATISTICA for Windows, 1993). 3 RESULTADOS 4.1 COMPOSIÇÃO POR ESPÉCIE E TAMANHO DOS ESPÉCIMES COLETADOS Coletaram-se 30.819 indivíduos dos gêneros da família Ariidae entre o verão de 1996 e o de 1997. A captura não foi homogênea para os períodos estudados, sendo que nos dois primeiros (verão de 1996 e inverno de 1997) capturou-se cerca de 50% deste total. Aspistor quadriscutis foi a espécie mais abundante, representada por cerca de 42% da captura total, seguida de Notarius grandicassis e Arius rugispinis, com 23% cada uma. As espécies menos abundantes foram Hexanematichthys couma e Hexanematichthys proops, que representaram 1% cada da captura total (tabela 3). Tabela 3: Espécies com seus respectivos tamanhos em cm durante o período de coleta (Me: Médio, Mi: Mínimo e Ma: Máximo). A. couma N. grandicassis H. parkeri A. phrygiatus A. proops A. quadriscutis A. rugispinis TOTAL Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 123-132, jun. 2010
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