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C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2011\EDI - Unama

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Na Região Norte, a possibilidade de o aluno morar com o pai e com a mãe não se<br />

mostrou significativa para explicar o desempenho dos estudantes, por outro lado, na<br />

Região Sudeste a mesma variável apresentou coeficiente positivo a 5% de significância,<br />

sendo que estes estudantes têm cerca 2,9 pontos de proficiência acima daqueles que<br />

moram apenas com o pai ou com mãe, ou ainda com outra pessoa responsável por esse<br />

estudante.<br />

Bíondi e Felício (2007) constatam que de acordo com Método de Mínimos<br />

Quadrados Ordinários (MQO), metodologia bastante utilizada nos estudos sobre o<br />

sucesso educacional, quanto maior a proporção de alunos brancos nas escolas melhor é<br />

a proficiência média em Matemática relativamente às escolas com menor proporção de<br />

alunos não brancos. Ainda de acordo com MQO quanto maior a proporção de alunos nas<br />

escolas com computador em casa, e que morem com a mãe e pai, melhor é o<br />

desempenho médio. Entretanto, neste estudo, essas mesmas variáveis não se<br />

mostraram significativas quando se aplica o método de efeitos fixos.<br />

A variável que mede o número de moradores no domicílio do aluno também se<br />

apresentou significante para explicar o desempenho em Matemática dos estudantes da<br />

4ª série do Ensino Fundamental nas Regiões Norte e Sudeste, porém está negativamente<br />

afetando a proficiência (-2,82 para a região Norte, e -5,96 para a Sudeste), ou seja,<br />

quanto maior o número de moradores residindo na casa dos alunos menor será sua<br />

proficiência em Matemática.<br />

A escolaridade do pai está positivamente e significativamente relacionada à<br />

proficiência em Matemática, em ambas regiões, a única exceção é a escolaridade do pai<br />

com Ensino Fundamental incompleto para a Região Norte, que não se mostrou<br />

significante. A proficiência dos estudantes aumenta à medida em que a escolaridade<br />

dos pais eleva-se, sendo que os estudantes com pai com Ensino Fundamental incompleto<br />

ficam 7 pontos acima daqueles com escolaridade mais baixa, tanto na Região Norte<br />

como na Região Sudeste; o mesmo ocorre entre os estudantes que possuem pai com<br />

ensino superior completo, onde essa proficiência eleva-se cerca de 20 pontos mais. Isto<br />

demonstra o alto poder de interferência da escolaridade do pai sobre a proficiência em<br />

Matemática dos alunos da 4ª série do Ensino Fundamental.<br />

A literatura que aborda a escolaridade do pai como determinante do<br />

desempenho não é conclusiva sobre o sentido e a significância desse desempenho,<br />

pois alguns estudos obtêm resultados totalmente diferentes (KASSOUF e BEZERRA,<br />

2006; MACEDO, 2004).<br />

Com relação às características de motivação dos alunos pelo estudo, todas as<br />

variáveis incluídas na regressão se mostraram significativas a 1% em ambas as regiões.<br />

Nas duas regiões a variável que apresenta maior poder de influência sobre a proficiência<br />

foi a reprovação que apresentou coeficiente negativo (-13,66 para a Região Norte, e -<br />

23,13 para a Sudeste), ou seja, um aluno que já sofreu reprovação no seu trajeto escolar<br />

obtém pior desempenho relativamente aos alunos que nunca sofreram reprovação.<br />

Segundo Macedo (2006) o fato de o aluno ter repetido o ano se reflete na perda de<br />

proficiência nos testes do SAEB, considerando também que quanto mais vezes se<br />

repetiu, mais forte é o efeito negativo sobre as notas. Resultados semelhantes também<br />

podem ser vistos em Luz (2006), Bezerra e Kassouf (2006), Pereira (2004).<br />

Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 147-166, jun. 2010

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