C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2011\EDI - Unama
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Nas tabelas 4.3 e 4.4 são apresentados os resultados do teor de umidade do lodo<br />
da ETA Bolonha, das argilas magra e gorda, e da massa cerâmica no inicio do processo de<br />
produção dos tijolos cerâmicos.<br />
Tabela 4.3: Teor de umidade do lodo da ETA Bolonha, das argilas magra e gorda, e da<br />
massa cerâmica – UDL1.<br />
Tabela 4.4: Teor de umidade do lodo da ETA Bolonha, das argilas magra e gorda, e da<br />
massa cerâmica – UDL2.<br />
Os teores de umidade do lodo apresentados nas tabelas 4.3 e 4.4 diferem entre<br />
si em 4,42%. Essa diferença pode ser atribuída ao tempo de desaguamento do lodo da<br />
UDL1 que foi maior (23 dias) em relação à UDL2 (15 dias). O teor de sólidos encontrado<br />
nos lotes das UDL1 e UDL2 foram de 27,87% e 23,45%, respectivamente.<br />
As amostras de lodo da ETA Bolonha apresentaram comportamento físico diferenciado<br />
dos encontrados nos solos com constantes dificuldades de manuseio do mesmo<br />
na realização dos ensaios geotécnicos, fato também relatado por Nunes e Sartori<br />
(1997), que concluiram que a constituição e o comportamento da amostra do lodo dos<br />
leitos de secagem afastavam-se radicalmente do modelo utilizado na geotecnia, com<br />
forte presença de matéria de natureza orgânica, transferindo atributos químicos que<br />
determinaram um comportamento peculiar, tanto no estado úmido quanto seco, diferenciando-o<br />
bastante dos solos ainda que orgânicos, ou mesmo turfas. Tais observações<br />
foram constatadas durante a realização dos ensaios geotécnicos realizados nas amostras<br />
do lodo deste trabalho.<br />
Os resultados referentes à difratometria de raios-X tiveram como principais constituintes<br />
mineralógicos do lodo utilizado neste trabalho, determinados por DRXP, foram:<br />
caulinita (Al 2<br />
Si 2<br />
O5(OH) 4<br />
) e gibsita (Al(OH) 3<br />
). A argila gorda apresentou na análise de DRXP<br />
as seguintes fases cristalinas: caulinita, quartzo e muscovita. A indexação dos picos basais<br />
nos difratogramas (figura 4.1 a 4.3) obtidos a partir dos materiais preparados foi<br />
realizada por comparação com o padrão do banco de dados do programa da Philips<br />
(X-pert High Score), utilizando os padrões difratométricos do JCPDS-ICDD. Foi observado<br />
também que as duas amostras de lodo apresentaram predominância de fase amorfa.<br />
Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 43-54, jun. 2010