C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2011\EDI - Unama

More documents

Recommendations

Info

$C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2010\EDI - Unama$



$M:\EDITORA\EDITORA 2009\EDITORA - Unama$

26 enviá-las ao mercado externo. Esta prática deletéria acabou gerando uma sensível depreciação do látex amazônico em função de sua baixa qualidade, em contraponto do látex asiático, de qualidade superior. Observa Pinto (1984) que o caráter predominantemente mercantil da atividade extrativista, aliado à alta rentabilidade no período de 1870 a 1910, acabou transformando a economia da Região Amazônica em um imenso entreposto comercial. A maior parte dos investimentos e recursos da região foi aplicada no setor terciário, e o setor produtivo sofreu com o descuido. Contudo, uma das poucas tentativas de melhoramento na produção, especificamente no processo de defumação do látex, foi a introdução de uma nova técnica que reduzia o tempo de trabalho. Mesmo com o governo paraense tendo pagado um preço alto pela inovação, ela foi contida por uma sólida barreira cultural, que manteve as práticas primevas. No entanto, não eram somente as peculiaridades da atividade extrativista que criavam obstáculos à manutenção da competitividade amazônica num contexto de forte concorrência. Pesados encargos tributários oneravam a exportação da borracha em um quinto de seu valor. Aliado ao quadro tem-se a inércia do governo regional, que mesmo informado sobre as plantações asiáticas, nada fez no sentido de enfrentar essa concorrência. O setor privado, por sua vez, também foi ingênuo em não ter tomado iniciativa no período em que o látex amazônico alcançou o seu auge de rentabilidade. Assim, segundo análise de Pinto (1984), a prevalência dos interesses comerciais de curto prazo sobre o comprometimento de recursos a médio e longo termos eliminavam qualquer possibilidade de investimento em heveicultura. A administração pública, a seu turno, transformou a parcela do capital excedente sob a forma de receitas tributárias, consumindo avidamente as mesmas em edifícios públicos e melhoramentos urbanos com praticamente nenhum significado para a atividade produtiva. Assim, da fabulosa riqueza gerada na região, quase nada permaneceu nela sob a forma de inversões produtivas. A tradição do modelo econômico da região em nenhum momento deu espaço para as atividades empreendedoras prescritas pelo modelo schumpeteriano, e o monopólio amazônico não se constituiu em barreira de mercado que garantisse a sua manutenção. Por outro lado, o modelo de desenvolvimento econômico de Schumpeter é mais claramente observado no mercado externo através dos ciclos econômicos de curta duração – influenciados pela natureza da inovação – que caracterizaram as indústrias de artefatos à base de látex. Definiu-se a partir de então um quadro lentamente engendrado na região: de um lado, os grupos dominantes na Amazônia, comprometidos com a manutenção das arcaicas estruturas regionais e que insistiriam na viabilização do extrativismo, e por outro, o desinteresse da união em investir as somas que tais grupos necessitavam para tal. A peculiaridade, segundo Pinto (1984), residia no fato de que neste esquema de pressões não sobrava lugar para a heveicultura, nem para um programa realista de diversificações da economia regional. Este conjunto de pressões resultou de uma política gomífera ausente, e depois da desarticulação da produção da borracha silvestre, pouco ou quase nada se vez para orientá-la para a heveicultura ou atividades não extrativistas. Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 9-27, jun. 2010
27 REFERÊNCIAS BAENA, Antônio Ladislau Monteiro Baena. Ensaio corográfico sobre a província do Pará. Brasília: Senado Federal, 2004. COSTA, Achyles Barcelos da. O desenvolvimento econômico na visão de Joseph Schumpeter. In: Cadernos IHU Idéias, São Leopoldo, ano 4, n.47, p. 1-15, 2006. FOSTER, John Bellamy. The Commitment of an Intellectual: Paul M. Sweezy (1910-2004). In: Monthly Review. Volume 56, number 5. Disponível em: http:// www.monthlyreview.org/1004jbf.htm. Acesso em: 25 jun. 2007. KID<strong>DE</strong>R, Daniel P. Reminiscências de viagens e permanências nas províncias do Norte do Brasil: compreendendo notícias históricas e geográficas do Império e das diversas províncias. Belo Horizonte: Itatiaia, 1980. MELO NETO, Antônio de Pádua; OLIVEIRA, Tiago. Paul Sweezy: grande cientista social, pioneiro da economia política da comunicação. In: Revista de Economía Política de las Tecnologías de la Información y Comunicación, Vol. VI, n. 2, Mayo - ago. 2004. MORIOCHI, Luis; GONÇALVES, José Sidney. Teoria do desenvolvimento econômico de Schumpeter: uma revisão crítica. In: Informações Econômicas, São Paulo, v. 24, n. 8, 1994 OLIVEIRA FILHO, João Pacheco. O caboclo e o brabo: notas sobre duas modalidades de força de trabalho na expansão da fronteira amazônica no século XIX. In: Encontros com a Civilização Brasileira, v. 11. p. 101-140, 1979. PINTO, Nelson; Prado, Alves. Política da borracha no Brasil: a falência da borracha vegetal. São Paulo: Hucitec, 1984. PRADO JR., Caio. História econômica do Brasil, São Paulo, Brasiliense, 1985. SARGES, Maria de Nazaré. Belém - Riquezas produzindo a Belle Époque (1870-1912). Belém: Paka-Tatu, 2002. SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e ciclo econômico. 3. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p.10 WALLACE, Alfred Russel. Viagens pelos rios Amazonas e Negro. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1979. WALLE, Paul. No Brasil, do Rio São Francisco ao Amazonas. Senado Federal. Conselho Editorial, 2006. WEINSTEIN, Bárbara. A borracha na Amazônia: expansão e decadência, 1850- 1920. São Paulo, Hucitec, 1993. Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 9-27, jun. 2010
Page 1 and 2: 1 REVISTA DO CENTRO DE CIÊNCIAS EX
Page 3 and 4: 3 REVISTA DO CENTRO DE CIÊNCIAS EX
Page 5: EDITORIAL5 ARevista TRAÇOS complet
Page 9 and 10: 9 AMAZÔNIA: BORRACHA X DESENVOLVIM
Page 11 and 12: 11 Talvez inadvertidamente Kidder t
Page 13 and 14: 13 força de trabalho, a quantidade
Page 15 and 16: 15 Schumpeter é a reação do meio
Page 17 and 18: 17 A crítica vai além, e Furtado
Page 19 and 20: 19 assim, era papel do empreendedor
Page 21 and 22: 21 sofre um considerável crescimen
Page 23 and 24: 23 Recebida a borracha, ela seguia
Page 25: 25 introdução das inovações no
Page 30 and 31: 30 PRELIMINARY STUDY OF SEISMICITY:
Page 32 and 33: 32 Figura 2: Palácio do Governo ha
Page 34 and 35: 34 Figura 5: Mecanismo de formaçã
Page 36 and 37: 36 tro quadrado de água é de 10.0
Page 38 and 39: 38 Figura 7: Equivalências entre a
Page 40 and 41: 40 continuação... X Maioria das c
Page 42 and 43: 42 [12] RIBEIRO, P. M. V. Uma metod
Page 44 and 45: 44 ETA were used samples collected
Page 46 and 47: 46 Tabela 2.1: Materiais encontrado
Page 48 and 49: 48 Machado (2003) realizou um estud
Page 50 and 51: 50 Figura 3.1: Difratômetro de rai
Page 52 and 53: 52 Figura 4.1: Difratograma de raio
Page 54 and 55: 54 Works Sludge Management: An Inte
Page 56 and 57: 56 ABSTRACT EVALUATION OF HYDRAULIC
Page 58 and 59: 58 O trabalho tem o intuito de aval
Page 60 and 61: 60 Figura 2: Unidades constituintes
Page 62 and 63: 62 Tabela 3: Teste de Kruskall-Wall
Page 64 and 65: 64 chuvoso. Na tabela 8 é apresent
Page 66 and 67: 66 Avaliando-se os dados da tabela
Page 68 and 69: 68 BERTHOUX, P.M. and BROWN, L.C. E
Page 71 and 72: 71 COMO ORÇAR OBRAS PÚBLICAS: DES
Page 73 and 74: 73 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Cabem,
Page 75 and 76: 75 segurança equivalente a 3% (des
Page 77 and 78:
77 Quadro V: Exemplo de composiçã
Page 79 and 80:
79 7 CÁLCULO DO FATOR MULTIPLICADO
Page 81 and 82:
81 determinado mediante aplicação
Page 83 and 84:
83 10 CONCLUSÃO Abrindo a caixa pr
Page 85 and 86:
85 PÓ REATIVO NAS OBRAS DE BELÉM:
Page 87 and 88:
87 As propriedades mecânicas do CP
Page 89 and 90:
89 Atualmente nos centros de pesqui
Page 91 and 92:
91 Figura 2: Micrografia concreto d
Page 93 and 94:
93 • Aditivo superplastificante:
Page 95 and 96:
95 Figura 9: Metacaulim utilizado n
Page 97 and 98:
97 5.1.2 Sistema de Aplicação de
Page 99 and 100:
99 Figura 13: Mistura de metacaulim
Page 101 and 102:
101 7.2 ENSAIO DE ABSORÇÃO CAPILA
Page 103 and 104:
103 REFERÊNCIAS AÏTCIN, P. C. Hig
Page 105 and 106:
105 ANÁLISE DE MÉTRICAS DE ROTEAM
Page 107 and 108:
107 Basicamente a tarefa de acresce
Page 109 and 110:
109 A métrica ETX (Expected Transm
Page 111 and 112:
111 Nas simulações realizadas car
Page 113 and 114:
113 A divisão da banda da rede que
Page 115 and 116:
115 Figura 5: Porcentagem de pacote
Page 117 and 118:
117 Porém, os parâmetros de QoS,
Page 119 and 120:
119 padronização quanto aos produ
Page 121 and 122:
121 PRZYBYSZ, A. L.; LUIZ, O. J. In
Page 123 and 124:
123 ESTUDO SOBRE DISTRIBUIÇÃO ESP
Page 125 and 126:
125 pécies, como por exemplo, H. p
Page 127 and 128:
127 ra do estuário amazônico que
Page 129 and 130:
129 Aspistor quadriscutis e Arius r
Page 131 and 132:
131 LOWE-McCONNELL, R. H. Ecologica
Page 133 and 134:
133 DETERMINAÇÃO E MODELAGEM DO V
Page 135 and 136:
135 árvores abatidas, entre outras
Page 137 and 138:
137 Quando as variáveis independen
Page 139 and 140:
139 2.3.2 Método de estimação do
Page 141 and 142:
141 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Prime
Page 143 and 144:
143 Tabela 5: Resultados dos autova
Page 145 and 146:
145 Analisando-se as medidas de aju
Page 147 and 148:
147 FATORES FAMILIARES E ESCOLARES
Page 149 and 150:
149 supletivos, além do surgimento
Page 151 and 152:
151 observáveis que têm alguma re
Page 153 and 154:
153 Indica como o aluno se declara
Page 155 and 156:
155 esta a menor proficiência méd
Page 157 and 158:
157 (21,62%), na Região Norte este
Page 159 and 160:
159 Tabela 5: Coeficientes estimado
Page 161 and 162:
161 As variáveis que medem, o gost
Page 163 and 164:
163 Kassouf e Bezerra (2006) analis
Page 165 and 166:
165 FRANCO, C.; MANDARINO, M.; ORTI
show all

C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2011\EDI - Unama

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?