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C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2011\EDI - Unama

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supletivos, além do surgimento de programas de alfabetização de adultos, o que<br />

contribui para a elevação dos anos de estudo na região (LOUREIRO, 2004).<br />

A taxa de escolarização de crianças entre 7 e 14 anos no Ensino Fundamental, na<br />

Região Amazônica, passou de 88%, em 1994, para 96%, em 2000, o que significa um<br />

elevado crescimento em um curto período de tempo, quase alcançando a meta de<br />

universalização do Ensino Fundamental (INEP, 2000).<br />

Um dos questionamentos feitos com base na ampliação do número de anos de<br />

estudos, e do número de vagas destinadas aos estudantes é sobre a qualidade desse<br />

ensino. Assim como, se a formação das habilidades e competências dos alunos atende<br />

às exigências do mercado de trabalho em que o aluno irá procurar emprego. Os<br />

resultados dos diversos testes aplicados pelo INEP indicam uma queda da pontuação<br />

nas provas de Língua Portuguesa e Matemática , isto é, apresentam evidências para o<br />

baixo nível da formação básica.<br />

Os resultados do Sistema de Avaliação do Ensino Básico (SAEB, 2005) que avalia<br />

o desempenho dos estudantes da 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e da 3ª série do<br />

Ensino Médio com base nos resultados dos testes de Matemática e língua portuguesa<br />

para a Região Norte mostram que, no período de 1995 a 2003, ocorreu uma queda na<br />

pontuação auferida pelos alunos das três séries investigadas, em ambas as disciplinas.<br />

Os resultados para a Região, em 2005, mostram que houve uma inversão na<br />

trajetória da média para a 4ª série do Ensino Fundamental nas provas de língua portuguesa<br />

e Matemática que ficaram acima da obtida nos anos anteriores. Para a 8ª e a 3ª do Ensino<br />

Médio a obtenção de valores inferiores aos dos anos anteriores continua, mostrando<br />

que o desempenho dessas séries permanece em uma trajetória declinante comparada<br />

à do Brasil e da Região Sudeste, só igualando-se, ou ficando melhor ao atingido por<br />

alguns estados da Região Nordeste (INEP, 2007).<br />

Essa queda também foi percebida em outras regiões do Brasil, porém, se comparada<br />

à Região Sudeste, a pontuação obtida pelos alunos da Região Norte, em 2005, fica abaixo<br />

desta em pelo menos 22 pontos, em termos absolutos (INEP, 2007; GOMES, 2007).<br />

As estatísticas obtidas para os anos de estudos e a nota de proficiência na<br />

disciplina Matemática para o Brasil e as várias regiões mostram haver evidências<br />

significativas da disparidade existente em relação ao desempenho escolar dos alunos<br />

na 4ª e 8ª série do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio. Diante dessa<br />

constatação, o questionamento que se faz é com relação ao efeito dos fatores<br />

relacionados à família, à escola e ao professor que estão correlacionados com o sucesso<br />

escolar do aluno e que contribuem para reduzir as desigualdades de oportunidades<br />

entre os estudantes das duas regiões.<br />

As políticas públicas voltadas para a melhoria do desempenho dos alunos do<br />

ensino básico perpassam por várias ações focadas sobre a escola, docentes, diretores e<br />

indiretamente sobre as famílias que participam dos programas de renda mínima<br />

estabelecidos pelo governo federal, como o programa bolsa escola.<br />

O objetivo geral do presente artigo é o identificar os fatores determinantes da<br />

proficiência em Matemática na 4ª série do Ensino Fundamental referente aos aspectos<br />

relacionados à família, aos atributos escolares, e à formação dos professores nas Regiões<br />

Norte e Sudeste.<br />

Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 147-166, jun. 2010

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