C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2011\EDI - Unama
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66<br />
Avaliando-se os dados da tabela 9 verificam-se as seguintes inferências sobre<br />
os sistemas de tratamento:<br />
• Com relação à produção de lodo foi obtido o valor de 1,97 L/hab.d para o sistema<br />
UASB+Lodo Ativado, cujo valor segundo Andreoli et al (2001),varia entre 0,5 a<br />
1,1 L/hab.d. E para o sistema de Lodos Ativados obteve-se para a ETE AIB valor de<br />
5,73 L/hab.d , que segundo a literatura especializada ora mencionada apresenta<br />
produção de lodo específica de 3,1 a 8,2 L/hab.d. Provavelmente o valor de 1,97<br />
L/hab.d. fora da faixa recomendada pela literatura especializada pode estar<br />
relacionado ao fato do dimensionamento de reator UASB ser realizado por meio<br />
do TDH e não do tempo retenção celular, bem como as características do esgoto<br />
bruto assumidas nesse dimensionamento. Ainda é possível verificar-se que a<br />
produção específica de lodo comparando-se aos sistemas UASB+Lodo Ativado e<br />
Lodo ativados apenas têm incremento de cerca de três vezes.<br />
• Com relação a demanda energética devido ao fornecimento de oxigênio apenas<br />
para remoção da matéria carbonácea obteve-se, respectivamente, para o sistema<br />
UASB+LA e LA , 0,744 e 3,145 kw, que representa um aumento de quatro vezes.<br />
Tal incremento na potência devido a aeração deve-se, sobretudo ao fato do<br />
sistema de LA ter que tratar toda a concentração de matéria orgânica (443 mg/L<br />
DQO) presente no esgoto, enquanto que o sistema UASB+LA, responsável apenas<br />
pelo polimento de matéria orgânica proveniente do reator UASB que apresenta<br />
concentração de DQO de 146 mg/L.<br />
• Para o requisito de demanda específica de área a tabela 31 apresenta os valores<br />
de 0,038m 2 /hab. para UASB+LA e 0,044 m 2 /hab. para LA, os quais são<br />
praticamente iguais para os dois sistemas de tratamento. Avaliando-se essa<br />
informação com a literatura especializada (CHERNICHARO et al, 2001) varia de<br />
0,03 a 0,1 m 2 /hab para ETE de Lodo Ativado convencional e ETE UASB + Lodo<br />
Ativado.<br />
• Avaliando-se as questões de produção de lodo gerado, demanda energética e<br />
demanda específica de área, verifica-se claramente que a adoção do sistema<br />
UASB+LA é a que representa a melhor alternativa para o tratamento do esgoto<br />
sanitário da ETE AIB, pois essa trata a mesma quantidade de esgoto e com<br />
eficiência de remoção de DQO equivalente ao do sistema de LA gerando menor<br />
quantidade de lodo e consumo energético.<br />
4 CONCLUSÃO<br />
Com base nos resultados desse trabalho foram obtidas as seguintes conclusões<br />
principais:<br />
• O esgoto sanitário produzido na ETE AIB apresenta características de esgoto médio<br />
a forte considerando-se as variáveis de DQO (443±173 a 367±122mg/L),<br />
SST(155±71 a 151±79mg/L), N-amoniacal(78±42 a 84±31mg/L), P(5,31±2,2 a<br />
5,45±1,5mg/L) e E-coli (2,52E06±4,9E06 a 1,7E07±2,1E06 NMP/100mL).<br />
Traços, Belém, v. 12, n. 25, p. 55-69, jun. 2010