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Motivação no trabalho cooperativo - BVS Psicologia ULAPSI Brasil

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a metodologia contém o método, uma vez que o último é parte integrante da abordagem<br />

metodológica. Sendo assim, a metodologia é o procedimento geral que mostra como a<br />

pesquisa foi conduzida, enquanto o método é a técnica utilizada para a obtenção dos<br />

dados que viabilizam a pesquisa (WANG, 1999).<br />

Nesse sentido, a estratégia dessa pesquisa contemplou a coleta de dados através<br />

do método de pesquisa qualitativa intitulado Grupos Focais de Intervenção. A técnica do<br />

Grupo Focal permite a identificação e o levantamento dos dados que refletem o grupo, em<br />

tempo relativamente curto, otimizado pela reunião de participantes e pelo confronto de<br />

idéias que se estabelece entre o grupo. A interação do grupo permite conhecer suas<br />

percepções, expectativas e representações sociais. Analisando as idéias de Selltiz et al.<br />

(1987), trata-se de uma pesquisa não experimental, à medida que não se faz as<br />

manipulações das variáveis, limitando-se à análise do discurso dos entrevistados. No<br />

estudo não experimental, “o pesquisador busca aprender e interpretar a realidade, sem<br />

nela interferir” (SACHUK, 1998, p.159).<br />

A metodologia que <strong>no</strong>rteou o estudo buscou fundamentos na visão construtivista da<br />

pesquisa científica. Sendo assim, o materialismo esteve presente em toda a dissertação,<br />

<strong>no</strong> sentido de que o objeto da pesquisa existiu e, enquanto objeto, pôde se entregar ao<br />

outro, <strong>no</strong> caso o pesquisador, que pôde revisitá-lo toda vez que desejou. Na visão<br />

construtivista existem dois sujeitos da pesquisa: o entrevistado e o entrevistador. O<br />

entrevistador não consegue se distanciar do objeto da pesquisa, por isso sua lógica está<br />

na forma como organiza seu método de pesquisa. A verdade do sujeito é diferente da<br />

verdade do pesquisador, pois a lógica do sujeito está em atribuir sentido àquilo que o<br />

outro diz. Neste <strong>trabalho</strong> seria impossível haver distância entre os sujeitos e o<br />

pesquisador, uma vez que o último foi um dos idealizadores da ReBAP e está envolvido<br />

emocional e sentimentalmente com o <strong>trabalho</strong> e resultados da Rede. É evidente que o<br />

pesquisador não consegue manter a neutralidade ideal em relação ao objeto de pesquisa,<br />

entretanto, estar envolvido afetivamente com os sujeitos parece uma boa justificativa para<br />

se empreender um estudo. Os resultados de uma pesquisa devem sempre culminar com<br />

a intervenção <strong>no</strong> objeto pesquisado; sendo assim, quanto maior o envolvimento do<br />

pesquisador com o ambiente pesquisado, maiores serão as possibilidades de intervenção<br />

naquela realidade.<br />

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