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No entanto, para chegar a essa segregação, e posteriormente as
demonstrações contábeis, esses registros devem obedecer às normas que
determinam como devem ser registradas as atividades da empresa o que torna
necessário “um processo uniforme de registro de fatos e atos administrativos através
de rotinas manuais, mecanizadas ou eletrônicas” (SANTOS; GOUVEIA; VIEIRA,
2008, p. 122).
De acordo com Santos, Gouveia e Vieira (2008, p. 123), as principais contas
que se destacam em uma Demonstração de Sobras ou Perdas são:
1) Ingressos e receitas brutas: são os ingressos e receitas provenientes da
venda de produtos ou serviços, sem qualquer desconto ou abatimento.
De acordo com Santos, Gouveia e Vieira (2008, p.123), destaca que “a
FIPECAFI (2007) recomenda que as vendas sejam subdivididas, para fins de
contabilização e evidenciação, em: “Vendas de Produtos” e “Vendas de Serviços”, e
dentro desses, a divisão entre “Mercado nacional” e “Exportação””. Já a NBC T 10.8,
destaca que os ingressos e receitas devem ser demonstrados no resultado do
período separadamente por produtos, serviços e atividades desenvolvidas pela
cooperativa.
Dentre os ingressos e receitas de uma cooperativa, Segundo Santos,
Gouveia e Vieira (2008, p. 123), podemos encontrar os seguintes elementos:
vendas ou comercialização (decorrente da venda de produtos de
cooperados ou não, é o caso das cooperativas de agronegócio);
prestação de serviços (no caso das cooperativas de trabalho, no
entanto, as cooperativas de agronegócios podem prestar consultorias
decorrentes do know-how desenvolvido);
fornecimento de mercadorias (para cooperados ou não, como
combustível e ração);
técnicas (em que são registradas todas as receitas e ingressos de seu
objeto principal ou acessórios ao seu desenvolvimento normal de sua
operacionalização. Normalmente, são taxas de limpeza, secagem,
armazenagem, seguros etc. Essas receitas podem ser associadas aos
produtos ou serviços principais a que se referem).
2) Dedução dos ingressos e receita bruta: conforme Santos, Gouveia e
Vieira (2008), são as deduções das vendas e são subdivididas conforme
especificado no Quadro 6, as quais são: vendas canceladas decorrentes de
devoluções; abatimentos decorrentes de descontos concedidos a clientes relativos a
defeitos no produto; e impostos sobre vendas incidentes sobre o faturamento ou
valor da Nota Fiscal.