Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
sobre o namoro. — Você sabe como vendê-lo por... Quanto as pessoas estão dispostas a pagar<br />
por...? Ele fez um gesto em direção a sua bolsa sobre a mesa, semelhante à maneira como<br />
alguém gesticularia em direção a uma ratoeira <strong>que</strong> segurava um rato morto <strong>que</strong> seria<br />
descartado.<br />
Trinta e três centavos no Walmart. — Um dólar — ela respondeu. Nas salas de cinema<br />
era vendido por um dólar. Ou em máquinas nos aeroportos.<br />
Ele balançou a cabeça, como se as pessoas nunca deixassem de surpreendê-lo. —<br />
Américains. Assim. Você sabe como vendê-lo aos americanos por um dólar. Você sabe como<br />
vendê-lo aos parisienses por 100 euros o quilo?<br />
Ou quase 4 dólares por 31 gramas. Nesse ritmo, as Barras Corey seriam vendidas por<br />
mais de 12 dólares cada.<br />
— Três dólares por barra, é o <strong>que</strong> eu estou pensando — ela calculou. — O suficiente<br />
para <strong>que</strong> as pessoas saibam <strong>que</strong> é especial, mas não o bastante para <strong>que</strong> elas não possam<br />
pagar.<br />
Sua expressão era de náusea. Não era agradável fazer um homem <strong>que</strong>rer vomitar enquanto<br />
estava preparando um jantar para você. — Com meu nome no <strong>chocolate</strong> — ele murmurou. —<br />
Dans les supermarchés — ele olhou incrédulo para a diminuição de vinho, como se<br />
perguntando como poderia ter acabado fazendo um jantar para alguém como ela.<br />
— Por <strong>que</strong> não? Você morreria se o seu <strong>chocolate</strong> fosse acessível às massas?<br />
A expressão de revolta no rosto dele respondia tudo. — Você é uma anarquista do<br />
<strong>chocolate</strong>!<br />
Ela sorriu, encantada com o termo. Ela teria de contar a seu avô, só para ver como ele ia<br />
rir. Jack Corey adoraria ser chamado de um anarquista do <strong>chocolate</strong>.<br />
Sylvain ar<strong>que</strong>ou uma sobrancelha de censura ao ver o prazer dela, mas enquanto<br />
marinava os bifes, permitiu-se um sorriso no rosto.<br />
Quem não estaria sorrindo? Os aromas de carnes grelhadas, vinho tinto e chalotas<br />
enchiam o apartamento. Dentro havia luz e calor; lá fora, escuridão, chuva fina e o brilho<br />
oriundo das janelas. Agora <strong>que</strong> ele havia conseguido tirar o álbum de fotografias das mãos<br />
dela, Sylvain estava surpreendentemente feliz. O álbum fora um doce presente de sua mãe, mas<br />
ele precisava se lembrar de manter suas fotos da adolescência longe da vista de belas<br />
mulheres <strong>que</strong> convidasse ao seu apartamento.<br />
Ele realmente não podia pedir muito mais da vida do <strong>que</strong> isso. Preparar um saboroso<br />
jantar para uma bela mulher <strong>que</strong> sentia uma paixão incandescente ao ficar em suas mãos; estar<br />
protegido do frio da noite por tê-la ao seu lado; não <strong>que</strong>ria estragar tudo, não <strong>que</strong>ria reprimir<br />
o bom humor dela, o <strong>que</strong> a faria ir embora. Sabia <strong>que</strong> ela amava seu <strong>chocolate</strong> com tanta