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— Você veio! — Ela exclamou quando finalmente se endireitou. E em total contradição<br />
com as diferentes mensagens <strong>que</strong> enviara, vez por outra, disse: — Você não deveria ter vindo.<br />
Vai ficar entediado.<br />
Ele deu uma risada baixa, incrédulo. Ele teria voado pelo mundo inteiro para saber o <strong>que</strong><br />
havia acabado de saber. Ele mesmo teria feito isso duas semanas antes do Natal ou da Páscoa,<br />
quando não pudesse dispensar um único segundo do próprio trabalho.<br />
— Por <strong>que</strong> você veio? — Ela reprovou sua escolha, mesmo enquanto pressionava seu<br />
corpo no dele, como se nunca pudesse chegar perto o bastante.<br />
Por<strong>que</strong> ele tinha uma chance em cem, e não era nem um pouco burro para não aproveitála.<br />
Sylvain abaixou-se com um sorriso para sussurrar no ouvido de Cade: — Para tirar seus<br />
sapatos — a noite anterior o havia deixado louco de desejo. E ele <strong>que</strong>ria ter certeza de <strong>que</strong> ela<br />
ainda era real. Queria ver um pouco do mundo dela. E ver a reação dela quando ele a visitasse<br />
em seu mundo.<br />
Sa réaction était magnifi<strong>que</strong>.<br />
Ela ainda estava olhando para ele com os olhos brilhando como a maldita e tonta Torre<br />
Eiffel.<br />
Ela ruborizou de repente. Por<strong>que</strong> ela havia, na realidade, feito tudo o <strong>que</strong> ele lhe dissera<br />
na noite anterior. Sylvain lançou-lhe um sorriso lento, muito lento, e seu rubor ficou maior<br />
ainda. Ele puxou-a com força contra si, sentindo-se instantaneamente muito excitado.<br />
Não é algo <strong>que</strong> devesse acontecer em uma sala cheia de sócios de seus negócios. Ele a<br />
empurrou para longe, de maneira <strong>que</strong> ela não conseguisse mais tocá-lo, mas continuou<br />
segurando-a na cintura, para <strong>que</strong> ele não perdesse o escudo humano antes <strong>que</strong> sua excitação<br />
diminuísse por completo.<br />
Quando ele estava seguro para mostrar-se publicamente, apertou as mãos dos irmãos<br />
Firenze, <strong>que</strong> já conhecera em outra ocasião, e de algumas outras pessoas <strong>que</strong>, de repente,<br />
<strong>que</strong>riam ser apresentadas. No início, foi divertido, pois ficava evidente <strong>que</strong> os bons alpinistas<br />
corporativos <strong>que</strong>riam conhecer a pessoa <strong>que</strong> alguém da família Corey estava beijando em<br />
público. Então, tardiamente, o alarme soou no meio da diversão. Nunca lhe ocorrera <strong>que</strong> uma<br />
consequência de namorar Cade era a de <strong>que</strong> ele poderia ganhar poder no mundo dela e ter de<br />
aprender a usá-lo com sabedoria.<br />
Era um pensamento preocupante. Dava-lhe um diminuto vislumbre de como ela se sentia<br />
com todo a<strong>que</strong>le poder, quanta preocupação devia ser ignorar tal poder e focar, pelo menos<br />
por um tempo, no <strong>que</strong> ela <strong>que</strong>ria, e não no número infinito de coisas <strong>que</strong> ela poderia ou<br />
deveria fazer com seu poder. Era uma maravilha ver <strong>que</strong> o lado pessoal dela não se<br />
fragmentara. Lembrou-se novamente de <strong>que</strong> pesquisara o nome de Cade no Google, bem como<br />
todas as referências <strong>que</strong> surgiam: artigos sobre negócios, instituições de caridade etc.<br />
Ela não sabia como se livrar de tudo <strong>que</strong> poderia ou deveria fazer. Quando ele saiu da<br />
sala para deixá-la terminar a reunião, sentiu quase como se estivesse abandonando-a na areia