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01 - Melhor que chocolate

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Roubar Chocolate em Dez Lições Fáceis. Número 1: Se você for para a cadeia por causa<br />

disso, não se contente com nada menos do <strong>que</strong> o <strong>chocolate</strong> de Sylvain Marquis”.<br />

— Isso é engraçado — Maggie Saunders disse, lendo sobre o ombro de outro passageiro,<br />

em uma conexão <strong>que</strong> estava parada havia duas horas no aeroporto Charles de Gaulle. —<br />

Estive em uma de suas oficinas recentemente.<br />

— Sério? — O homem virou-se.<br />

— Sabe qual é a história mais estranha? — Maggie lançou a pergunta com orgulho. Não<br />

era todo dia, nem até mesmo em toda uma década, <strong>que</strong> ela tinha uma história tão interessante<br />

quanto a<strong>que</strong>la para divulgar. Bem, as histórias de seus amigos podiam ser realmente muito<br />

interessantes, mas ela se sentia culpada por compartilhá-las. E eles não eram famosos, então<br />

ninguém se importava. — Já ouviu falar na família Corey?<br />

O homem franziu o cenho. — A família Corey? A família do <strong>chocolate</strong>?<br />

— Essa mesmo! — Maggie assentiu com entusiasmo. Era sempre melhor contar uma<br />

história sobre pessoas famosas quando o ouvinte reconhecia seus nomes. — Uma pessoa dessa<br />

família, Cade Corey, me subornou para deixá-la tomar o meu lugar na oficina de trabalho de<br />

Sylvain Marquis. Ela <strong>que</strong>ria espioná-lo! Pois é, acho <strong>que</strong> eu não deveria ter aceitado isso —<br />

ela acrescentou, culpada. Ela tocou o D de platina em seu cinto de couro largo para melhor<br />

conforto. As sobrancelhas do homem se ar<strong>que</strong>aram. — Sério? Quanto ela pagou a você?<br />

— Gastei menos <strong>que</strong> 30 mil dólares — Maggie disse vagamente. — Acho. Não comprei<br />

joias de verdade — acrescentou defensivamente. — Mas bem <strong>que</strong> poderia!<br />

Era impossível para as sobrancelhas do homem ar<strong>que</strong>arem-se ainda mais; todavia, bem<br />

<strong>que</strong> tentaram. Seus olhos brilhavam. — Cade Corey pagou-lhe 30 mil dólares para <strong>que</strong> ela<br />

pudesse, disfarçada, entrar na oficina de trabalho do melhor chocolatier de Paris?<br />

— Ela fez mais do <strong>que</strong> isso! Ela me deixou usar seu cartão de crédito por um dia. Eu<br />

poderia tê-lo usado muito mais, porém meus escrúpulos morais não me permitiram — e ela<br />

ainda se lamentava de ter escrúpulos. Um anel de diamante de 10 quilates... Isso não teria sido<br />

tão ruim, certo? O estranho apoiou seu laptop sobre sua maleta e começou a digitar. — Mas<br />

diga-me, quando foi isso? Quando ele conseguiu reunir todos os detalhes, a conexão ainda não<br />

havia sido restabelecida. Ele pegou o telefone e ligou para alguém. — Posso mudar meu voo e<br />

ficar mais uns dois dias em Paris? Isto é, oficialmente, em vez de ter de ficar operando nessa<br />

conexão por mais tempo ainda? Então, falo isso por<strong>que</strong> acho <strong>que</strong> vamos ter alguma coisa<br />

engraçada acontecendo por aqui.<br />

— Você está indo embora? — Maggie indagou desapontada, ninguém <strong>que</strong>ria perder uma<br />

diversão da<strong>que</strong>las.<br />

— Por acaso, você estaria disposta a compartilhar suas informações de contato? — Ele<br />

lhe perguntou.<br />

Ela recuou, desconfiada. Tudo bem ter contado os detalhes da história de Cade Corey<br />

para um completo estranho, mas ela não <strong>que</strong>ria <strong>que</strong> um maluco ficasse atrás dela.

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