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— Quinze mil dólares? — Cade disse. — Você não teve nenhum escrúpulo ao cobrar<br />
essa quantia no meu cartão de crédito para cobrir um dia de curso <strong>que</strong> custa 2 mil dólares?<br />
Maggie deu de ombros e tirou o cartão de crédito da Cade da bolsa. — Você <strong>que</strong>ria ser<br />
eu por um dia. Eu não vejo por <strong>que</strong> eu não poderia ser você. Você não teria nenhum escrúpulo<br />
para comprar o <strong>que</strong> quisesse.<br />
— Eu não sou Paris Hilton — Cade disse, apanhando o cartão de volta. Ela a conhecia,<br />
mas não tinham nada em comum além do dinheiro. O <strong>que</strong> não era um denominador comum<br />
como algumas pessoas podiam pensar. — E 15 mil dólares é muito por um curso de <strong>chocolate</strong>.<br />
— Acho <strong>que</strong> o seu relógio deve ter custado mais do <strong>que</strong> isso — Maggie olhou para a<br />
pulseira de couro e para o relógio cravejado de diamantes. — A taxa de câmbio não é tão boa,<br />
você sabe. Mas eu o comprei no fim do dia. Ainda não deve ter aparecido no seu cartão.<br />
Cade a olhou. E pensar <strong>que</strong> ela não blo<strong>que</strong>ou o cartão por uma <strong>que</strong>stão moral sobre<br />
<strong>que</strong>brar a promessa em uma barganha. — E você acha <strong>que</strong> foi uma troca justa?<br />
Maggie deu de ombros novamente, parecendo muito feliz. — Você tem dinheiro. Eu tive a<br />
ideia de me inscrever no curso quando abriram as vagas. Você concordou com a troca.<br />
Cade cerrou os dentes. — Eu não consegui ficar no curso o dia inteiro. E nem posso ficar<br />
com o seu lugar. Você pode voltar amanhã — amanhã, o laboratoire estaria em pleno<br />
andamento de novo e todos os participantes poderiam assistir ao curso. Menos ela. Sylvain<br />
Marquis a expulsara do curso.<br />
— Verdade? — Maggie disse. — Quer saber? Eu estava tão pra baixo desde <strong>que</strong> meu<br />
marido me abandonou... Mas sabia <strong>que</strong> vir para Paris era a coisa certa a fazer. Achei <strong>que</strong> Deus<br />
estava me dizendo para vir para cá. Meu pastor não tinha certeza, mas eu sentia <strong>que</strong> sim. E<br />
Deus me mandou você.<br />
Engraçado, toda vez <strong>que</strong> alguém agradecia a Deus por ela era por<strong>que</strong> havia recebido uma<br />
grande soma de dinheiro dela. Normalmente, é claro, essa grande quantia vinha de uma<br />
caridade significativa. Contudo, um pouco do seu aborrecimento começou a se esvair, pois, e<br />
se Deus a houvesse mandado para ajudar a<strong>que</strong>la mulher de calça roxa a encontrar um caminho<br />
na vida? E se seu próprio desejo de aprender como fazer o <strong>chocolate</strong> parisiense fosse para<br />
colocá-la no caminho para ajudar a<strong>que</strong>la mulher?<br />
Isso não seria abominável?<br />
— Aliás, você é tão boa quanto pensão alimentícia! — Maggie Saunders disse satisfeita.<br />
— Ah, por... — Cade girou nos calcanhares e se dirigiu de volta ao seu prédio. Pelo<br />
menos você fez uma boa ação, mesmo <strong>que</strong> tenha custado perto de 20 mil dólares, ela disse a<br />
si mesma. Você ajudou uma pessoa a se recuperar do divórcio.<br />
— De nada! — Maggie gritou atrás dela.<br />
Cade privou-se de bater a cabeça contra algo e deixou a porta bater atrás dela ao voltar<br />
mancando pelas escadas. Os joelhos doíam depois do slalom ao descer correndo para pegar o<br />
cartão.<br />
Sylvain Marquis tinha muito de responder para ela. Aquilo era, de fato, culpa dele.