Jornal das Oficinas 168
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Mundo<br />
Automóvel<br />
USO PROFISSIONAL FORD TRANSIT ECOBLUE HYBRID<br />
MECÂNICA MUITO PRÓPRIA<br />
A FORD ADIANTA-SE À CONCORRÊNCIA COM UM SISTEMA MICRO-HÍBRIDO, ESTREIA NO<br />
SEGMENTO, CAPAZ DE REDUZIR, EFICAZMENTE, O CONSUMO DE COMBUSTÍVEL SEM COMPROMETER<br />
A SUA UTILIZAÇÃO, GRAÇAS À TECNOLOGIA DE BATERIAS DE 48V por Ricardo Carvalho<br />
A<br />
“hibridização” é mais uma<br />
necessidade do que uma<br />
moda passageira. Trata-se<br />
de uma nova tecnologia de redução<br />
de consumos e emissões que, agora,<br />
faz mais sentido do que nunca no<br />
segmento dos veículos comerciais<br />
ligeiros. Por isso, a Ford colocou<br />
“mãos à obra” e desenvolveu a sua<br />
tecnologia micro-híbrida para a<br />
Transit, paralelamente ao anúncio<br />
da utilização da tecnologia híbrida<br />
plug-in, presente na sua “irmã menor”,<br />
a Custom. Voltando ao tema<br />
deste artigo, o maior furgão da marca<br />
da oval azul recorre, em opção, a<br />
uma bateria de 48V, que proporciona<br />
maior potência elétrica à rede,<br />
permitindo novas funcionalidades<br />
em elementos como o novo alternador,<br />
que substitui o original, e que<br />
também faz, por vezes, de motor<br />
de arranque e gerador. Este recupera<br />
energia nas desacelerações e<br />
guarda-a na bateria, podendo ainda<br />
reaproveitá-la nas fases de desaceleração.<br />
O objetivo não passa por melhorar<br />
as prestações (ainda que a resposta<br />
ao acelerador seja mais rápida), mas<br />
por aumentar a eficiência do motor<br />
Diesel. Ao conquistar um extra de<br />
binário em aceleração, o bloco Diesel<br />
fica sujeito a menor esforço e, em<br />
consequência, gasta menos combustível.<br />
A Ford afirma que gasta menos<br />
3% de combustível e que pode chegar<br />
aos 8% em condução urbana,<br />
precisamente no ambiente em que<br />
mais se pode aproveitar esta componente<br />
híbrida.<br />
Elevada eficiência<br />
A Ford propõe este sistema MHEV<br />
nos seus motores Diesel combinados<br />
com tração dianteira ou traseira.<br />
Motores que recebem uma atualização<br />
para estarem de acordo com as<br />
novas normas anti-contaminação. A<br />
gama, baseada no mesmo bloco 2.0<br />
EcoBlue, recebe novos injetores, novas<br />
soluções para reduzir as fricções<br />
e uma nova bomba de óleo, que adequa,<br />
de forma mais eficiente, o fluxo<br />
de acordo com o que é pedido. São<br />
três níveis de potência (105, 130 e 170<br />
cv), aos quais se junta um novo patamar<br />
com 185 cv e 415 Nm de binário.<br />
Por outro lado, a Transit é proposta<br />
tanto com transmissão manual como<br />
automática, ambas de seis velocidades.<br />
A partir da primavera de 2020,<br />
vai passar a existir uma opção de caixa<br />
automática de 10 relações (só para<br />
as Transit de tração traseira).<br />
Muito completa<br />
Como vem sendo habitual, a gama da<br />
Transit foi pensada para todo o tipo<br />
de utilizações e utilizadores. Está<br />
disponível em carroçaria furgão, com<br />
três comprimentos e duas alturas,<br />
que dão forma a uma caixa de carga<br />
entre 9,5 e 15,1 m 3 . O peso bruto oscila<br />
entre os 3.100 e os 4.700 kg. Os<br />
que precisarem de um espaço de carga<br />
mais versátil, têm na chassis-cabina<br />
a sua melhor aliada, pois pode<br />
servir de base a transformações com<br />
até cinco comprimentos de chassis,<br />
entre os 5,22 e os 7,57 m.<br />
Por fim, as versões de passageiros<br />
também foram contempla<strong>das</strong> pela<br />
Transit. Primeiro, as Kombi e mistas<br />
que oferecem até nove lugares e<br />
ainda espaço de carga de acordo com<br />
as necessidades. Depois, as Bus, desenvolvi<strong>das</strong><br />
para o transporte escolar<br />
ou shuttle VIP, com capacidade entre<br />
11 e 18 passageiros, ainda que, neste<br />
caso, seja necessário carta de condução<br />
de pesados de passageiros. l<br />
110 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com