REPORTAGEM FORMAÇÃO FIAMM BATERIAS, SISTEMAS START & STOP E FORMAÇÃO A POLIBATERIAS RUMOU AO CENTRO DO PAÍS PARA REALIZAR UMA FORMAÇÃO FIAMM, NA QUAL ESTIVERAM PRESENTES CERCA DE 50 CLIENTES DA EMPRESA LIDERADA POR NUNO GUERRA E DOIS RESPONSÁVEIS DA MARCA ITALIANA por Joana Calado A ação de formação, organizada pela Polibaterias, no Hotel Palace Monte Real, perto de Leiria, num edifício imponente de aspeto mágico que se ergue na pequena vila de Monte Real, contou com a presença de cerca de 50 clientes da empresa da Margem Sul. Em conjunto com Fausto Gregori e Sue Ellen Moro, respetivamente responsável de produto e responsável de exportação, ambos da FIAMM, Nuno Guerra, administrador da Polibaterias, abordou os cuidados a ter com os veículos equipados com sistemas start & stop e deu a conhecer as especificações <strong>das</strong> baterias AFB/EFB e AGM. Micro híbridos: cuidados a ter Quando falamos de veículos micro híbridos, falamos, também, de automóveis com sistemas start & stop, que poderão ter, ou não, sistemas de recuperação de energia em travagem. Este tipo de veículos, devido ao maior consumo de energia, uma vez que o motor desliga-se e liga-se várias vezes ao longo de uma viagem, necessitam de ter baterias adapta<strong>das</strong> às suas necessidades. É por isso que estão equipados com baterias AFB/EFB e AGM. Por disporem de baterias específicas, os profissionais de oficinas que realizam uma manutenção ou ação de substituição de uma bateria num destes veículos deverão ter sempre em atenção qual o tipo de bateria a instalar e nunca devem colocar baterias de ácido livre tradicionais. “Mas... e se o anterior profissional tiver colocado uma bateria errada?” Esta foi uma <strong>das</strong> questões coloca<strong>das</strong> durante a formação e Fausto Gregori, responsável de produto da FIAMM, deu a resposta: “Em todo o caso, o profissional da oficina deverá sempre consultar a especificação da marca. O correto é que o veículo utilize sempre o mesmo tipo de bateria. Trocar AGM por AGM e AFB/EFB por AFB/EFB”. BATERIAS AGM e AFB/EFB Se ambas as baterias podem ser utiliza<strong>das</strong> em veículos micro híbridos, porque devemos substituí- -las sempre por baterias idênticas? Tem a ver com a construção <strong>das</strong> mesmas e com o tipo de sistema de carga que o fabricante automóvel utiliza, que é adequado ao tipo de tecnologia da bateria, AGM ou AFB. Uma bateria AFB/EFB é uma bateria de ácido livre, com uma construção específica para resistência aos ciclos start&stop. Ao passo que uma bateria AGM consiste numa combinação de gases, dispondo de uma válvula de libertação dos mesmos. Veículos equipados com este tipo de baterias dispõem, também, de um alternador inteligente, pois carregam de maneira diferente <strong>das</strong> baterias tradicionais. Um alternador inteligente divide a sua carga por três diferentes fases: passiva, travagem regenerativa e controlo de tensão. Além disso, este tipo de alternador, associado ao sensor de carga da bateria (IBS), faz uma leitura constante do nível de bateria e apenas inicia a carga quando há necessidade. Por isso, é possível que o veículo se encontre em aceleração e o alternador não esteja a carregar a bateria. Nuno Guerra, administrador da Polibaterias, alertou para os cuidados a ter com este tipo de alternador: “É necessário fazer uma leitura de carga de, pelo menos, 15 minutos, pois o facto de o alternador registar 12,5 Volt não implica, necessariamente, uma avaria do componente”. Todos estes veículos dispõem, também, de uma centralina eletrónica, que faz a gestão de toda a energia do veículo. Sue Hellen Moro, responsável de exportação da FIAMM, explicou que “as centralinas eletrónicas fazem um autodiagnóstico à bateria e a todos os componentes elétricos do veículo. Por isso, será mais fácil perceber, através de um equipamento de diagnóstico, quais as anomalias do veículo”. Os responsáveis da FIAMM e da Polibaterias alertaram ainda os profissionais para o facto de, caso o cliente pretenda colocar no seu veículo uma bateria tradicional ao invés da recomendada, se salvaguardarem, escrevendo na fatura uma nota explicando que foi uma opção do cliente, fazendo acompanhar este documento de uma assinatura do mesmo. l 70 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
“O CORRETO É QUE O VEÍCULO UTILIZE SEMPRE O MESMO TIPO DE BATERIA. TROCAR AGM POR AGM E AFB/EFB POR AFB/ EFB”, ACONSELHOU NUNO GUERRA, DA POLIBATERIAS