Jornal das Oficinas 168
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REPORTAGEM<br />
FORMAÇÃO FIAMM<br />
BATERIAS, SISTEMAS<br />
START & STOP E FORMAÇÃO<br />
A POLIBATERIAS RUMOU AO CENTRO DO PAÍS PARA REALIZAR UMA FORMAÇÃO FIAMM, NA QUAL ESTIVERAM<br />
PRESENTES CERCA DE 50 CLIENTES DA EMPRESA LIDERADA POR NUNO GUERRA E DOIS RESPONSÁVEIS DA<br />
MARCA ITALIANA por Joana Calado<br />
A<br />
ação de formação, organizada pela Polibaterias,<br />
no Hotel Palace Monte Real, perto<br />
de Leiria, num edifício imponente de aspeto<br />
mágico que se ergue na pequena vila de Monte<br />
Real, contou com a presença de cerca de 50 clientes<br />
da empresa da Margem Sul.<br />
Em conjunto com Fausto Gregori e Sue Ellen Moro,<br />
respetivamente responsável de produto e responsável<br />
de exportação, ambos da FIAMM, Nuno Guerra,<br />
administrador da Polibaterias, abordou os cuidados<br />
a ter com os veículos equipados com sistemas<br />
start & stop e deu a conhecer as especificações <strong>das</strong><br />
baterias AFB/EFB e AGM.<br />
Micro híbridos: cuidados a ter<br />
Quando falamos de veículos micro híbridos, falamos,<br />
também, de automóveis com sistemas start<br />
& stop, que poderão ter, ou não, sistemas de recuperação<br />
de energia em travagem. Este tipo de veículos,<br />
devido ao maior consumo de energia, uma<br />
vez que o motor desliga-se e liga-se várias vezes ao<br />
longo de uma viagem, necessitam de ter baterias<br />
adapta<strong>das</strong> às suas necessidades. É por isso que estão<br />
equipados com baterias AFB/EFB e AGM.<br />
Por disporem de baterias específicas, os profissionais<br />
de oficinas que realizam uma manutenção ou<br />
ação de substituição de uma bateria num destes veículos<br />
deverão ter sempre em atenção qual o tipo de<br />
bateria a instalar e nunca devem colocar baterias de<br />
ácido livre tradicionais. “Mas... e se o anterior profissional<br />
tiver colocado uma bateria errada?” Esta<br />
foi uma <strong>das</strong> questões coloca<strong>das</strong> durante a formação<br />
e Fausto Gregori, responsável de produto da<br />
FIAMM, deu a resposta: “Em todo o caso, o profissional<br />
da oficina deverá sempre consultar a especificação<br />
da marca. O correto é que o veículo utilize<br />
sempre o mesmo tipo de bateria. Trocar AGM por<br />
AGM e AFB/EFB por AFB/EFB”.<br />
BATERIAS AGM e AFB/EFB<br />
Se ambas as baterias podem ser utiliza<strong>das</strong> em veículos<br />
micro híbridos, porque devemos substituí-<br />
-las sempre por baterias idênticas? Tem a ver com<br />
a construção <strong>das</strong> mesmas e com o tipo de sistema<br />
de carga que o fabricante automóvel utiliza, que é<br />
adequado ao tipo de tecnologia da bateria, AGM<br />
ou AFB. Uma bateria AFB/EFB é uma bateria de<br />
ácido livre, com uma construção específica para resistência<br />
aos ciclos start&stop. Ao passo que uma<br />
bateria AGM consiste numa combinação de gases,<br />
dispondo de uma válvula de libertação dos mesmos.<br />
Veículos equipados com este tipo de baterias<br />
dispõem, também, de um alternador inteligente,<br />
pois carregam de maneira diferente <strong>das</strong> baterias<br />
tradicionais. Um alternador inteligente divide a<br />
sua carga por três diferentes fases: passiva, travagem<br />
regenerativa e controlo de tensão. Além disso,<br />
este tipo de alternador, associado ao sensor de<br />
carga da bateria (IBS), faz uma leitura constante<br />
do nível de bateria e apenas inicia a carga quando<br />
há necessidade. Por isso, é possível que o veículo se<br />
encontre em aceleração e o alternador não esteja a<br />
carregar a bateria. Nuno Guerra, administrador da<br />
Polibaterias, alertou para os cuidados a ter com este<br />
tipo de alternador: “É necessário fazer uma leitura<br />
de carga de, pelo menos, 15 minutos, pois o<br />
facto de o alternador registar 12,5 Volt não implica,<br />
necessariamente, uma avaria do componente”.<br />
Todos estes veículos dispõem, também, de uma centralina<br />
eletrónica, que faz a gestão de toda a energia<br />
do veículo. Sue Hellen Moro, responsável de exportação<br />
da FIAMM, explicou que “as centralinas eletrónicas<br />
fazem um autodiagnóstico à bateria e a todos<br />
os componentes elétricos do veículo. Por isso,<br />
será mais fácil perceber, através de um equipamento<br />
de diagnóstico, quais as anomalias do veículo”.<br />
Os responsáveis da FIAMM e da Polibaterias alertaram<br />
ainda os profissionais para o facto de, caso<br />
o cliente pretenda colocar no seu veículo uma<br />
bateria tradicional ao invés da recomendada, se<br />
salvaguardarem, escrevendo na fatura uma nota<br />
explicando que foi uma opção do cliente, fazendo<br />
acompanhar este documento de uma assinatura<br />
do mesmo. l<br />
70 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com