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Jornal das Oficinas 168

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PAULO SANTOS<br />

FOMOS PERCEBENDO QUE O MERCADO ESTÁ MUITO CARENTE DE<br />

PRODUTOS E SOLUÇÕES PROFISSIONAIS EM DIVERSOS SETORES,<br />

EM ESPECIAL NO QUE TOCA A REFRIGERANTES/ANTICONGELANTES<br />

jeto nacional Valvoline, beneficiaram<br />

com esta iniciativa.<br />

Como olha a Valvoline para o<br />

seu negócio com a proliferação<br />

de veículos elétricos? Irá a<br />

“eletrificação” do automóvel obrigar<br />

a marca a mudar de paradigma,<br />

acabando por reinventar-se?<br />

Bom, este é, sem dúvida, um tema<br />

muito atual, seguramente mais atual<br />

do que uma grande parte dos operadores<br />

do nosso setor julgam. A “eletrificação”<br />

é uma realidade para a<br />

qual a Valvoline já tem resposta, até<br />

porque uma <strong>das</strong> principais marcas<br />

de veículos elétricos já é cliente Valvoline<br />

desde o início. Não será segredo<br />

nem surpresa para ninguém que<br />

a Tesla utiliza um método de refrigeração<br />

<strong>das</strong> suas baterias com produtos<br />

e soluções Valvoline da gama Zerex.<br />

O refrigerante/anticongelante G48,<br />

já faz parte desta realidade desde o<br />

início da marca Tesla. O que nos leva<br />

a brincar com o facto de a marca<br />

Valvoline ter atingido uma dimensão<br />

estratosférica, com o lançamento do<br />

Model 3 no espaço. No entanto, não<br />

só a Valvoline, como to<strong>das</strong> as restantes<br />

marcas de lubrificantes vão sofrer<br />

um forte impacto com a “eletrificação”<br />

do automóvel. É esta “nova” realidade<br />

que irá marcar um novo rumo<br />

já em 2020, com a implementação<br />

do CAFE (Corporate Average Fuel<br />

Emissions).<br />

Que análise faz do setor dos<br />

lubrificantes em Portugal, sabendose<br />

que a Valvoline dispõe de uma<br />

rede de distribuição bem definida e<br />

que não faz concorrência geográfica<br />

entre ela?<br />

A minha análise sobre o setor dos<br />

lubrificantes em Portugal é bastante<br />

alinhada com os restantes mercados:<br />

demasiada oferta para limitada<br />

procura. Este setor, à semelhança<br />

dos demais, necessitava de ser regulado<br />

e mais fiscalizado, por forma a<br />

salvaguardar toda a cadeia de valor<br />

e, em especial, o cliente final. Existe<br />

uma forte fiscalização perante as empresas<br />

que tendem a cumprir e um<br />

facilitismo por parte de outras que<br />

acabam por vender lubrificantes da<br />

mesma forma que se vendem pasta<br />

de dentes. Como se isso fosse possível,<br />

não só do ponto de vista técnico,<br />

como, também, do ponto de vista<br />

ambiental. A nossa estratégia com a<br />

Valvoline passa por trabalhar, preferencialmente,<br />

o canal profissional,<br />

capacitando todos os intervenientes<br />

com ferramentas de identificação e<br />

conhecimento técnico. A nossa visão<br />

tem por objetivo criar cultura de<br />

marca, assente na nossa gama de produtos<br />

e soluções de elevada qualidade<br />

e grande diversidade. A nossa missão<br />

passa por nos tornarmos numa referência<br />

positiva no mercado.<br />

Quais são os maiores desafios que<br />

se colocam, hoje, a um fabricante de<br />

lubrificantes?<br />

Capacidade de desenvolvimento e<br />

de investimento, que permita acompanhar<br />

as tendências da indústria.<br />

Atualmente, um lubrificante é muito<br />

mais do que um simples fluido. É<br />

uma peça viva que liberta vários vapores/cinzas,<br />

que podem influenciar,<br />

de forma dramática, o bom funcionamento<br />

da viatura, que está toda ela<br />

pensada para poluir o mínimo possível.<br />

Com base nisso, recorrem a vários<br />

componentes/sistemas que um lubrificante<br />

mal aplicado pode danificar,<br />

não por falta de lubrificação, mas por<br />

saturação/contaminação, como são o<br />

caso dos filtros de partículas, válvulas<br />

EGR, turbos… Um fabricante de<br />

lubrificantes, atualmente, necessita<br />

de uma gama de produtos tão vasta<br />

que se não estiver muito próximo<br />

de mercado, tende a criar inúmeros<br />

problemas a quem aplica a sua gama<br />

de produtos, tal como a quem tiver a<br />

pouca sorte de não ter o seu veículo<br />

em boas mãos. l<br />

64 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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