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PROGRAMA DE GOVERNO SP DA GENTE - JILMAR TATTO PREFEITO

Construído de forma democrática – como será meu governo – este texto é fruto de experiência, participação popular, profundo conhecimento da cidade e das necessidades da população.

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ECONOMIA SOLIDÁRIA E BANCOS COMUNITÁRIOS

As políticas econômicas aplicadas atualmente pelos governos federal, estadual e

municipal privilegiam o capital financeiro, atingem diretamente a gestão dos municípios

e inviabilizam políticas de desenvolvimento econômico local. No caso de São Paulo,

isso é ainda mais grave, dada a grande densidade populacional periférica, desatendida

de políticas econômicas e sociais e com ameaças constantes de sucateamento dos

serviços públicos. Os bancos privados, e os bancos públicos capturados por estes, são

os principais instrumentos dessa dinâmica concentradora de renda, devido a sua política

de juros altos, crédito de acesso restrito e de transformação do Estado em refém de suas

ganâncias, através da dívida pública, inviabilizando políticas de desenvolvimento.

Para inverter essa lógica perversa de concentração de renda a favor dos mais ricos, é

preciso uma política financeira ousada, que destine a maior parte dos recursos para o

desenvolvimento econômico e urbanístico municipal, levando em conta a sustentabilidade

ambiental e a dignidade econômica de toda a população. A proposta do governo petista

é a criação de um Banco Municipal de Desenvolvimento Econômico, com controle social,

a partir de um Fórum Social Municipal de Finanças, combinada com o apoio à criação de

Bancos Comunitários nos bairros.

A Economia Solidária e, dentro dela, os Bancos Comunitários de Desenvolvimento

(BCDs) são uma realidade no Brasil e uma necessidade para a resistência organizada

dos trabalhadores na atual situação econômica e política. Este movimento social

avançou desde 2002 até os dias de hoje. Na cidade de São Paulo, existiam seis Bancos

Comunitários. Hoje há apenas três funcionando, e com dificuldade. No entanto, há um

crescimento de movimentos sociais procurando alternativas financeiras para enfrentar

o sistema atual, perverso e cada vez mais excludente. Este movimento deu lugar ao

que chamamos de movimentos pró-Bancos Comunitários – grupos sociais, lideranças,

profissionais e moradores que, a partir do contato com a experiência bem-sucedida dos

Bancos Comunitários, querem reproduzir este modelo em suas comunidades. Hoje há

treze núcleos se formando em vários bairros da cidade, a partir do impulso dado pela

realização do 1º Encontro Paulista de Bancos Comunitários, realizado em junho/julho de

2020, e a tendência é este número aumentar.

Como sabemos, a Economia Solidária e os Bancos Comunitários são movimentos sociais

independentes de governos, partidos e igrejas, e, para que possam realizar sua tarefa,

além de manter sua independência, precisam ser reconhecidos e legitimados.

O Banco Comunitário é um serviço financeiro solidário, criado a partir de uma associação

comunitária, pensado para gerar trabalho e renda e para incentivar a produção e

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