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PROGRAMA DE GOVERNO SP DA GENTE - JILMAR TATTO PREFEITO

Construído de forma democrática – como será meu governo – este texto é fruto de experiência, participação popular, profundo conhecimento da cidade e das necessidades da população.

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CULTURA

Cultura é direito!

Recente pesquisa da SPTuris, divulgada no mês de agosto, mostra como foi o

comportamento dos habitantes de São Paulo durante os primeiros 5 meses da

pandemia. Entre as principais atividades praticadas pelos cidadãos e cidadãs no período

de isolamento, assistir a filmes (68%), ouvir música (49,8%) e ler (48,1%) foram as mais

destacadas. Impedidos de reunir público, artistas, no isolamento de seus lares, passaram

a produzir ainda mais conteúdo com suas ferramentas digitais e a usar as possibilidades

do streaming, reunindo milhões de pessoas em lives, webinars, debates e oficinas.

Os museus, obrigados a abrir suas experiências visuais na internet, possibilitaram a

ampliação de um novo público até então privado das visitas presenciais por sua situação

econômica. O desafio do gestor do pós-pandemia será incorporar à imensa oferta cultural

produzida, remota ou presencial, também os setores mais empobrecidos da sociedade,

combatendo a exclusão digital.

Os governos de direita têm disseminado a imagem do artista como “vagabundo”,

questionando a importância das artes. Com o isolamento social provocado pela pandemia,

a população pode constatar que a arte não é apenas mercadoria, mas antídoto para a

desumanização progressiva. Não se trata mais de um argumento financeiro a subsidiar

a arte como “economia criativa”, mas o oposto: estabelecer a criatividade artística como

elemento de equilíbrio de um aprimoramento social.

A cultura como direito está inscrita nas constituições dos três entes federativos. Ela se

expressa em todas as dimensões de vida das pessoas e é produtora de conhecimento,

além de ser agente de consciência cidadã e perpassar os valores sociais das diversas

áreas da vida em sociedade.

A identidade cultural de São Paulo foi redefinida nas últimas três décadas pela força

expressiva de suas periferias, enraizamento do audiovisual e pulsação musical nas

programações oficiais dos grandes equipamentos da cidade. Definiu-se ainda, e quiçá

principalmente, pelo hip-hop, pelo samba de raiz, pelo funk, pela ligeireza dos slams,

pelos passos da dança, pela experiência do teatro e pela multiplicidade dos grafites.

A atual gestão do PSDB (2017-2020) desarticulou e criminalizou os movimentos culturais,

desvalorizou a atuação de trabalhadores da cultura, deixou de reconhecer espaços

legítimos de participação social e conselhos eleitos das casas de cultura, esvaziou

equipamentos culturais, desmontou e descaracterizou programas de fomento.

As propostas orçamentárias da Secretaria de Cultura decresceram, de 0,95% do

orçamento da Prefeitura, em 2017, para 0,68% em 2019. A situação é ainda mais

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