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PROGRAMA DE GOVERNO SP DA GENTE - JILMAR TATTO PREFEITO

Construído de forma democrática – como será meu governo – este texto é fruto de experiência, participação popular, profundo conhecimento da cidade e das necessidades da população.

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na periferia. Este fato resulta, frequentemente, na oferta de atividades excludentes

e discriminatórias quanto às linguagens oferecidas e voltadas a uma classe social

específica. Importante destacar que a noção de periferia não se restringe ao aspecto

geográfico e de organização administrativa, mas está associada à exclusão de parcelas

significativas da população ao acesso a bens culturais, além de outros direitos, como o

de moradia.

A atual gestão vem sucateando serviços e equipamentos voltados à cultura periférica

desde o primeiro dia. Programas importantes perderam investimentos, especialmente

aqueles que chegavam às regiões mais longínquas, como o VAI I e VAI II e a Lei de

Fomento às Culturas da Periferia. O tom adotado pela municipalidade na relação com

o setor tem sido agressivo, inclusive com ameaça física de um dos secretários da pasta

a um artista, dentro da Secretaria Municipal de Cultura. Os blocos de ocupação não

conseguem diálogo, nem ter seus espaços mantidos. Há casos em que ocupações

tiveram água e luz cortadas ou foram invadidas de forma truculenta por forças de

segurança pública. Muitos bairros ainda não têm bibliotecas, casas de cultura, teatros

ou centros culturais. Os equipamentos culturais dos CEUs foram abandonados, não há

mais programação nos espaços e muitos dos técnicos de espetáculos foram demitidos.

As periferias hoje convivem com violações praticadas pelo Estado (Prefeitura, Governo

Estadual e Governo Federal). Por isso, é preciso potencializar a cultura periférica para

modificar esse quadro político. Realizar alianças e definir estratégias com quem vive

e colabora para o enfrentamento dessas violações, empoderando protagonistas do

próprio território e recolocando a institucionalidade neste espaço, para que o diálogo se

construa de forma duradoura.

Em 2016, a cidade de São Paulo viveu uma etapa muito importante de sua história no

campo da cultura: a aprovação em lei do Plano Municipal de Cultura, fruto da Conferência

Municipal de Cultura (2013), com grande participação popular. Precisamos retomar esse

processo, atendendo aos anseios por uma política cultural que valorize a diversidade, a

transversalidade de gênero, etnia, geracional e deficiências, de forma descentralizada

e promovendo tanto o protagonismo de nossos artistas quanto o acesso equânime aos

bens culturais da cidade.

A São Paulo do Futuro é efervescente. Nela, a cena cultural é livre para pulsar, ao som

dos diversos ritmos da cidade, sob as luzes, cores e movimentos das artes visuais e

corporais. É a cidade onde artistas de todas as regiões e distritos, com suas diferentes

linguagens, encontram espaço e apoio, diálogo e oportunidades. É uma cidade que

respira cultura em todas as regiões.

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