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a empresa de mente, corpo e alma - Unifap

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A Empresa <strong>de</strong> Corpo, Mente e Alma<br />

Na <strong>empresa</strong>, os cargos rígidos são substituídos por funções flexíveis e<br />

cambiáveis, o mo<strong>de</strong>lo organizacional é mais parecido com uma matriz do que<br />

com uma pirâmi<strong>de</strong> hierarquizada e as <strong>de</strong>cisões são ágeis em torno <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas<br />

situacionais.<br />

O raciocínio lógico e cartesiano é uma amostra apenas parcial do<br />

nosso conhecimento total. Está no nível do que o nosso consciente consegue<br />

perceber. Não é, portanto, todo o nosso conhecimento. O conhecimento total é<br />

formado pelo raciocínio lógico e pelo raciocínio intuitivo. Os racionalistas<br />

<strong>de</strong>sprezavam o po<strong>de</strong>r dos sentidos, uma vez que forneciam so<strong>mente</strong> uma visão<br />

confusa e provisória da verda<strong>de</strong>.<br />

A criativida<strong>de</strong> é insumo vital para a sobrevivência e a competitivida<strong>de</strong><br />

das <strong>empresa</strong>s nos dias <strong>de</strong> hoje. O raciocínio lógico é limitado para criar e, muitas<br />

vezes, é limitador da própria criativida<strong>de</strong>. O processo criativo é um caminho<br />

espiritual. É quando a <strong>mente</strong> necessita socorrer-se da <strong>alma</strong>.<br />

A EMPRESA-SENSÍVEL<br />

“De bem-intencionados o inferno está cheio.”<br />

A <strong>de</strong>scoberta do se humano<br />

Guilhermina Adami e outras vovós<br />

Nos tempos <strong>de</strong> Brasil colônia!, o escravo formava a mão-<strong>de</strong>-obra principal da<br />

economia extrativista que imperava na época. É Darcy Ribeiro quem nos ensina<br />

em O povo Brasileiro: “Os negros escravos (...) não estavam <strong>de</strong>stinados a aten<strong>de</strong>r<br />

as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua população, mas sim aos <strong>de</strong>sígnios venais do senhor.<br />

Nelas, à medida que eram <strong>de</strong>sgastados para produzir o que não consumiam, iam<br />

sendo radical<strong>mente</strong> <strong>de</strong>sculturados...” Era o tempo das “pessoas-objetos”, usadas<br />

e gastas para servir e atingir objetivos que não eram seus.<br />

Mais tar<strong>de</strong>, com o inicio da industrialização, formou-se o operariado, com a<br />

mão-<strong>de</strong>-obra vinda do campo. Não havendo a menos preocupação com a<br />

educação da população, a multidão proveniente do êxodo rural <strong>de</strong> então foi<br />

<strong>de</strong>ixada no abandono. A “pessoa-objeto” foi promovida a “pessoa-máquina” com<br />

algumas regalias adicionadas: o salário e a jornada <strong>de</strong> trabalho entre <strong>de</strong>z e doze<br />

horas diárias. A pessoa-máquina nada mais era do que a parte da máquina que a<br />

própria máquina não era capaz fazer. E só! Lá estava para trabalhar, a não para<br />

pensar, muito menos sentir!<br />

As indústrias formaram gran<strong>de</strong>s conglomerados e, junto <strong>de</strong>sse crescimento<br />

enaltecia-se a burocracia. O leitor <strong>de</strong>ve ficar espantado por saber que a<br />

burocracia, hoje trata <strong>de</strong> maneira pejorativa, foi sucesso nas décadas <strong>de</strong> 40 e 50.<br />

A burocracia era representada por organogramas, fluxogramas <strong>de</strong> tarefas,<br />

<strong>de</strong>scrições <strong>de</strong> cargos e salários, manuais <strong>de</strong> normas e procedimentos, circulares<br />

e memorandos. Era a época da “pessoa-norma”. Melhor dizendo, a norma vinha<br />

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