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A Empresa <strong>de</strong> Corpo, Mente e Alma<br />
Não existiam conflitos. As pessoas eram profissional<strong>mente</strong> bem<br />
preparadas e competentes. Apenas não interagiam. Como <strong>empresa</strong> <strong>de</strong> prestação<br />
<strong>de</strong> serviços, a Sofisma era alta<strong>mente</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do trabalho das pessoas e da<br />
sinergia do trabalho <strong>de</strong> equipe.<br />
Os dirigentes da Sofisma achavam que <strong>de</strong>veria haver maior intimida<strong>de</strong><br />
entre as pessoas do grupo. Empenharam tempo da agenda em reuniões que<br />
tratassem apenas dos relacionamentos. Nada <strong>de</strong> objetivos organizacionais, das<br />
metas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, das reclamações dos clientes dos resultados do mês,<br />
apenas tratar <strong>de</strong> si mesmos. As reuniões receberam o nome <strong>de</strong> Intimatus, que<br />
significa intimida<strong>de</strong> em latim. A <strong>de</strong>finição da palavra “intimida<strong>de</strong>” é tornar algo<br />
conhecido para outra pessoa. Em seu sentido original, “intimida<strong>de</strong>” não significa<br />
proximida<strong>de</strong> emocional, mas a disposição <strong>de</strong> fornecer informações honestas.<br />
Discutido esse conceito, os membros da equipe <strong>de</strong>cidiram adotar Intimatus como<br />
o nome dos encontros que, em princípio, se dariam durante um dia inteiro por<br />
mês.<br />
A primeira sessão foi <strong>de</strong>stinada a um exercício que <strong>de</strong>nominamos <strong>de</strong> “autorevelação”.<br />
O objetivo era que cada um pu<strong>de</strong>sse ver no outro a pessoa que existia<br />
por trás da fachada do cargo. Questões simples e diretas como as que estão<br />
abaixo eram discutidas entre os membros do grupo:<br />
Como sou enquanto estou trabalhando?<br />
Como sou quando estou em casa?<br />
Como sou quando estou sozinho?<br />
Era impressionante ver como as pessoas algumas trabalhando juntas há<br />
muitos anos, não se conheciam. Sabiam muito pouco umas das outras.<br />
Utilizavam-se so<strong>mente</strong> como recursos, não conviviam como pessoas.<br />
A segunda sessão tinha o objetivo <strong>de</strong> tratar mais os sentimentos. As<br />
questões partilhadas entre os membros do grupo eram:<br />
O que me atrai e me interessa nos outros?<br />
O que me afasta e <strong>de</strong>sagrada dos outros?<br />
As minhas dificulda<strong>de</strong>s no trabalho em grupo...<br />
As minhas facilida<strong>de</strong>s no trabalho em grupo...<br />
Os membros <strong>de</strong> um equipe <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> conheciam as preferências uns dos<br />
outros. Eles <strong>de</strong>claram aberta<strong>mente</strong> seus sentimentos, sem medo <strong>de</strong> censura.<br />
Querem ser conhecidos e querem conhecer. O conhecimento mútuo aumenta a<br />
confiança mútua.<br />
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