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a empresa de mente, corpo e alma - Unifap

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A Empresa <strong>de</strong> Corpo, Mente e Alma<br />

Os dirigentes da <strong>empresa</strong>-objeto pensam po<strong>de</strong>r resolver os problemas<br />

operacionais através da automação, no caso da fábrica, e da informatização, no<br />

caso do escritório. Como prevalece o <strong>corpo</strong> sobre a <strong>mente</strong> e a <strong>alma</strong>, prioriza-se o<br />

hardware, e não o software e os usuários.<br />

Os dirigentes da <strong>empresa</strong>-objeto compreen<strong>de</strong>m que administrar é fazer<br />

com que as pessoas cumpram suas funções <strong>de</strong> acordo com o cargo que ocupam.<br />

Com isso, gastam muito tempo exercendo o controle e a supervisão. Planejam as<br />

tarefas, enquanto os funcionários as executam.<br />

As pessoas da <strong>empresa</strong>-objeto não são dadas a mudanças. Mudar significa<br />

apren<strong>de</strong>r e apren<strong>de</strong>r significa pensar. Pensar não é o forte da <strong>empresa</strong>-objeto.<br />

Fazer é o que conta.<br />

O objetivo da <strong>empresa</strong>-objeto é colocar a mercadoria para fora. Ven<strong>de</strong>r,<br />

ven<strong>de</strong>r, ven<strong>de</strong>r! A satisfação do cliente não é o mais importante, o que conta é<br />

“empurrar o abacaxi”. As equipes <strong>de</strong> venda das <strong>empresa</strong>s-objetos são muito<br />

agressivas. Placares nas salas dos ven<strong>de</strong>dores indicam quem são os<br />

bambambãs. A competição é interna e externa. Pouco se sabe e se diz do cliente<br />

e da concorrência. Fala-se muito do pedido. O concorrente é lembrado quando<br />

“leva” o pedido. A analise é sempre superficial: “Levou porque tinha o melhor<br />

preço!”.<br />

O que conta é “bater” a meta. Também pouco se sabe se a meta gera lucro<br />

ou prejuízo, não importa, o que vale é gerar caixa, girar, fazer papel!<br />

A inversão <strong>de</strong> valores<br />

Na <strong>empresa</strong>-objeto é comum o dirigente arranjar tempo para receber e<br />

comemorar as novos maquinários adquiridos: a agenda libera espaço para o<br />

almoço com o gerente do banco on<strong>de</strong> será pleiteada nova linha <strong>de</strong> credito; o<br />

tempo escasso é disponibilizado para pesquisar uma nova linha <strong>de</strong> computadores<br />

para a <strong>empresa</strong>. Por outro lado, não existe tempo para a entrevista <strong>de</strong> seleção do<br />

novo encarregado nem há tempo para participar da integração dos novos<br />

funcionários contratados: muito menos para aquela entrevista <strong>de</strong> avaliação tão<br />

solicitada e <strong>de</strong>sejada pelo gerente contratado há quase um ano.<br />

Na <strong>empresa</strong>-objeto recursos <strong>de</strong> todos os tipos (materiais tecnológicos,<br />

financeiros) têm mais valor do que as pessoas. Que são quem coloca tais<br />

recursos em funcionamento.<br />

Na <strong>empresa</strong>-objeto valorizam-se os controles, os sistemas, os<br />

procedimentos, os cargos, as funções. No entanto, quando a <strong>mente</strong> não <strong>de</strong>fine<br />

com clareza as estratégias, o <strong>corpo</strong> não sabe o que fazer com toda essa<br />

estrutura: são comuns o acumulo <strong>de</strong> trabalho sobre uma só pessoa e a<br />

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