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e-ARQ Brasil - Conarq - Arquivo Nacional

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Possibilitar a continuidade das atividades em caso de sinistros;<br />

Fornecer evidência em caso de litígios;<br />

Proteger os interesses do órgão ou entidade e os direitos dos funcionários e dos<br />

usuários ou clientes;<br />

Assegurar e documentar as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação,<br />

bem como a pesquisa histórica;<br />

Manter a memória corporativa e coletiva.<br />

Para conferir essa capacidade, os documentos arquivísticos precisam ser confiáveis,<br />

autênticos, acessíveis, compreensíveis e possam ser preservados, o que só é possível por<br />

meio da implantação de um programa de gestão arquivística de documentos.<br />

A Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos - CTDE define gestão arquivística de<br />

documentos 8 como o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à<br />

produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos arquivísticos em<br />

fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda<br />

permanente.<br />

No bojo do conceito de gestão arquivística de documentos está a teoria das três idades.<br />

Segundo essa teoria, os documentos passam por três idades, a saber:<br />

<br />

<br />

Corrente: refere-se aos documentos que estão em curso, isto é, tramitando ou<br />

que foram arquivados, mas que são objeto de consultas freqüentes; eles são<br />

conservados nos locais onde foram produzidos sob a responsabilidade do órgão<br />

produtor;<br />

Intermediária: refere-se aos documentos que não são mais de uso corrente mas<br />

que, por conservarem ainda algum interesse administrativo, aguardam, no arquivo<br />

intermediário, o cumprimento do prazo estabelecido em tabela de temporalidade e<br />

destinação para serem eliminados ou recolhidos ao arquivo permanente.<br />

Permanente: refere-se aos documentos que devem ser definitivamente<br />

preservados devido a seu valor histórico, probatório ou informativo.<br />

A passagem dos documentos de uma idade para outra é definida por meio do processo de<br />

avaliação, que leva em conta a freqüência de uso dos documentos por seus produtores e<br />

a identificação de seus valores primário e secundário. O valor primário é atribuído aos<br />

documentos considerando a sua utilidade administrativa imediata, isto é, as razões pelas<br />

quais esses documentos foram criados. Já o valor secundário refere-se ao valor atribuído<br />

aos documentos em função da sua utilidade para fins diferentes daqueles para os quais<br />

foram originalmente produzidos, como, por exemplo, provas judiciais e administrativas e<br />

pesquisas acadêmicas. A propósito, lembramos que segundo Rousseau e Couture:<br />

“Enquanto todos os documentos têm um valor primário que dura mais ou menos tempo<br />

conforme os casos, nem todos têm ou adquirem necessariamente um valor secundário” 9 .<br />

No caso dos documentos que cumpriram valor primário mas não apresentam valor<br />

secundário, estes serão eliminados. Já aqueles que não são mais necessários às<br />

8 A CTDE entende gestão arquivística de documentos como sinônimo de gestão de documentos,<br />

ressaltando a característica arquivística dessa gestão para diferenciá-la de outros tipos de<br />

gerenciamento de documentos.<br />

9 Rousseau, Jean-Yves e Couture, Carol, 1994, p.118.<br />

Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos / CON<strong>ARQ</strong> 16

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